Em julho de 2022, o atacante argentino Cristian Pavón chegava ao Atlético sob grandes expectativas da torcida. As passagens de destaque por Boca Juniors (Argentina) e Los Angeles Galaxy (Estados Unidos) e as convocações para a Seleção Argentina atestavam a contratação de um nome de peso. Apesar disso, mesmo tendo marcado golaços e oferecido bom número de assistências pelo Galo, o jogador deixou o clube mineiro sem se firmar como titular – e longe de ser unanimidade entre os torcedores.
Aos 28 anos, Pavón agora é o novo reforço do Grêmio. Na transferência, o Tricolor Gaúcho adquiriu 85% dos direitos econômicos do atleta, enquanto o Atlético conservou os outros 15%.
As negociações foram seladas por US$ 4 milhões (cerca de R$ 19,8 milhões), pagos de forma parcelada ao Galo, conforme confirmado pela reportagem do No Ataque. O clube, de toda forma, optou por não publicar os valores de forma oficial.
Trajetória de Pavón no Atlético
Foram cinco gols e 12 assistências em 72 jogos. Pavón foi especialmente importante na campanha de recuperação do Atlético na Série A do Campeonato Brasileiro de 2023, encerrando a competição com oito passes para gol.
Mesmo com números razoavelmente positivos, o argentino teve dificuldades para se firmar entre os titulares do Galo. O período de maior prestígio foi com o compatriota Eduardo Coudet no comando, quando o atacante recebeu oportunidades para iniciar em diversas partidas.
No segundo semestre, com a chegada de Felipão, Pavón voltou a perder prestígio. Na reta final de 2023, foi pouco acionado como titular, mas seguiu participando de gols.
A venda de Pavón representa perda técnica para um Atlético que já tem poucas opções ofensivas, mas é tratada de forma positiva sob a ótica das finanças do clube. Por ter chegado ao Galo “sem custos” de transferências após a saída do Boca Juniors, o atleta recebia luvas significativas junto ao salário, todos os meses.
Para além da redução da folha salarial, o clube mineiro angaria recursos importantes visando o cumprimento do orçamento para 2024. Agora como Sociedade Anônima de Futebol (SAF), o Atlético privilegia também a contratação de jogadores com bom potencial de revenda no mercado da bola.
