Presidente do Atlético, Sérgio Coelho foi o responsável por anunciar e explicar a decisão de colocar Victor como novo diretor de futebol do clube neste sábado (17/2). O ex-goleiro assume a vaga deixada por Rodrigo Caetano, que assumiu o cargo de coordenador de seleções na Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
A oficialização por parte do Galo foi realizada na Galotv, na véspera do jogo contra o Itabirito, no Mané Garrincha, em Brasília, pelo Campeonato Mineiro. Um dos motivos que fizeram o Atlético escolher Victor é a continuidade ao trabalho realizado nos últimos anos.
“E a substituição, quem vai sucedê-lo, será o Victor. A gente quer dar continuidade no trabalho que ele (Rodrigo Caetano) fazia, e o Victor é a pessoa melhor preparada hoje para dar essa continuidade por ter trabalhado três anos como gerente ao lado do Rodrigo. O Victor está muito entusiasmado e com vontade de ser o diretor. Vai dar certo, e vamos dar todo o apoio ao Victor”, explicou.
Victor no Atlético: experiência e preparo pesaram
Esse, no entanto, não foi o único motivo. Victor é um dos maiores ídolos da história do Atlético dentro de campo. Como goleiro, foram 424 jogos na jornada que durou de 2012 a 2021, com a conquista de cinco Campeonatos Mineiros (2013, 2015, 2017, 2020 e 2021), uma Copa Libertadores (2013), uma Recopa Sul-Americana (2014), uma Copa do Brasil (2014) e uma Florida Cup (2016).
“O Victor esteve no futebol como atleta durante 27 anos, três anos como gerente de futebol, está no Galo há 12 anos. É um grande líder, uma pessoa que se preparou, estudou. É reverenciado por todo o elenco, por todos nós atleticanos e as pessoas que o conhecem. Ele tem todas as características de uma pessoa que vai assumir o cargo e ter sucesso. Confiamos muito nele”, prosseguiu Sérgio Coelho.
Por fim, o presidente do Atlético revelou como foi a conversa com Victor pela sucessão de Caetano. Segundo ele, o ex-atleta se colocou à disposição do cargo e garantiu estar preparado para o projeto do clube.
“Quando fui conversar com ele sobre a possibilidade de ele suceder o Caetano, ele foi muito objetivo comigo. Falou: ‘presidente, estou preparado, preciso de uma experiência a mais, mas vai ser trabalhando que vou adquirir, mas me sinto preparado e com vontade. Não tenho medo’. Isso foi importantíssimo para que nós, do comitê de futebol, tomássemos a decisão de tê-lo como diretor executivo de futebol do Galo”, finalizou o mandatário.
Desafios de Victor no Atlético
Victor assume o cargo de diretor de futebol do Atlético em um momento em que a Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Galo trabalha, de forma resumida, com três pilares: manutenção de um time competitivo em âmbito nacional, contratações de jogadores com bom potencial de revenda e/ou retorno técnico e vendas de atletas com lucros expressivos.
Ao mesmo tempo em que enfrentará pressão por vender jogadores a outros clubes, Victor terá de trabalhar para manter o Atlético na briga por grandes títulos. O clube já dispõe de um dos melhores elencos do Brasil, mas, na avaliação de diversos torcedores, carece de ajustes ainda pensando em 2024.
O diálogo com os investidores da SAF do Atlético também é um ponto a ser melhor desenvolvido. Victor passa a integrar o comitê de futebol alvinegro, trabalhando de forma ainda mais direta junto aos empresários Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador, ao presidente Sérgio Coelho e também a Bruno Muzzi, CEO do clube-empresa atleticano.
“Todo grande profissional, em qualquer área, um dia, precisou receber uma oportunidade. Então, em questão de experiência, vamos buscar no dia a dia. Todo desafio motiva bastante a gente.”
Victor Bagy, novo diretor de futebol do Atlético