Agora diretor de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rodrigo Caetano foi um dos diretores de futebol mais vitoriosos da história do Atlético. Em pouco mais de três anos de trabalho no Galo, o gaúcho foi o principal responsável por 26 contratações e saiu com aprovação da maior parte da torcida. Ao longo do período do executivo no clube mineiro, o No Ataque elaborou planilha especial e, neste conteúdo, traçou um perfil dos reforços contratados pelo dirigente: idades, posições, modelos de negócios e muito mais.
Rodrigo Caetano foi contratado pelo Atlético em janeiro de 2021, para suceder Alexandre Mattos – hoje diretor de futebol do Vasco. O gaúcho encontrou uma base de elenco forte, também proporcionada pelo volume de investimentos do grupo que ficou conhecido como 4 Rs – composto pelos empresários Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador – no Galo.
Logo na primeira temporada à frente do futebol atleticano, Caetano conquistou o “Triplete Alvinegro”, com títulos do Campeonato Mineiro, do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. Naquele ano, o executivo foi responsável por contratações fundamentais para as taças, como Hulk e Nacho Fernández.
No ano seguinte ao Triplete Alvinegro, o Galo conquistou o Campeonato Mineiro e a Supercopa do Brasil. Depois, em 2023, somente o Estadual.
Em 2022 e 2023, por mais que evitasse o uso da palavra “reformulação”, o gaúcho conduziu mudanças profundas no elenco alvinegro – também pressionado pela necessidade de vendas de jogadores. Grandes nomes deixaram o Atlético, enquanto outros chegaram.
A premissa durante a maior parte do trabalho de Caetano foram as contratações sem a necessidade de investimento direto para aquisição de direitos econômicos, principalmente em virtude da delicada situação financeira atravessada pela instituição. Com limitações orçamentárias, o dirigente precisou de criatividade no mercado da bola para reformular o grupo do Atlético.
Todas as contratações da “era Caetano” para o profissional do Atlético
- 2021: Hulk, Dodô, Nacho Fernández, Tchê Tchê e Diego Costa
- 2022: Ademir, Fábio Gomes, Godín, Otávio, Junior Alonso, Jemerson, Alan Kardec, Pedrinho e Pavón
- 2023: Paulinho, Bruno Fuchs, Paulo Henrique, Edenilson, Patrick, Igor Gomes, Saravia, Mauricio Lemos, Rodrigo Battaglia
- 2024: Paulo Vitor, Gustavo Scarpa e Bernard
Total de contratações: 26
Quantas contratações por ano?
- 2021: 5
- 2022: 9
- 2023: 9
- 2024: 3
O perfil das contratações da “era Caetano” no Atlético*
“Raio-X” dos contratados
- Nacionalidades: 18 brasileiros, quatro argentinos, dois uruguaios, um brasileiro naturalizado espanhol e um paraguaio
- Atletas contratados após passagem por clube do exterior: 17
- Atletas contratados após passagem por clube do Brasil: 9
- Média de idade dos contratados (no momento da chegada): 28 anos
- Posições: dois laterais-direitos, cinco zagueiros, um lateral-esquerdo, cinco volantes, seis meio-campistas e sete atacantes
Modelo de negócios
- Jogadores que assinaram pré-contrato/estavam livres no mercado/rescindiram com outros clubes antes do acerto: 13
- Jogadores que chegaram, a princípio, por empréstimo: 6
- Jogadores que chegaram por empréstimo e, posteriormente, foram adquiridos: 2
- Jogadores contratados com custos para aquisição de direitos econômicos: 7
Em valores…
- Total gasto com aquisição de direitos econômicos: R$ 82,1 milhões
- Média de valor pago pelos jogadores contratados “com custos“: R$ 11,7 milhões
- Média de valor pago por todas as contratações: R$ 3,1 milhões
*É importante salientar que, em diversas das contratações de jogadores “livres no mercado”, o Atlético arcou com luvas – muitas vezes, diluídas nos salários dos atletas contratados. Os valores descritos nesta matéria também não englobam eventuais comissões aos jogadores e agentes, por exemplo. Normalmente, os clubes não divulgam esses montantes ao concretizarem transferências.
Quem sucede Rodrigo Caetano no Atlético é o ex-goleiro Victor Bagy, ídolo histórico do clube. Ex-gerente de futebol do Galo, Victor procurou, nos últimos anos, se especializar no futebol a partir de cursos gabaritados no mercado da bola e, antes de receber a oportunidade, garantiu estar preparado.
O novo diretor de futebol do Atlético, assim como Rodrigo Caetano em 2021, passa a gerir um elenco com uma base forte, carente de poucos ajustes. Nas redes sociais, as posições mais citadas por torcedores como passíveis de receberem reforços são: a lateral direita, a zaga e o ataque.
Nesse sentido, um dos principais desafios de “São Victor”, agora fora das quatro linhas, é reconduzir o Galo ao caminho dos grandes títulos. Com respaldo dos investidores que comandam a Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Atlético, o mais novo executivo do mercado vive seus primeiros dias no comando de um dos grupos mais qualificados do país.