O Atlético terá um novo aporte de R$ 200 milhões na Sociedade Anônima de Futebol (SAF). Mas como o clube pretende utilizar esse valor? Em entrevista nesta segunda-feira (26/2), o CEO do Galo, Bruno Muzzi, explicou o planejamento prévio dos investidores.
Há um consenso interno de que a maioria dessa quantia deverá ser destinada ao pagamento de dívidas. Além disso, a ideia é aplicar o restante nas categorias de base, por meio da captação de jovens entre 14 e 15 anos, e em uma reforma na Cidade do Galo. Apesar disso, ainda é necessária a aprovação do Conselho de Administração da SAF.
“Esse valor, assim como os prévios, estamos destinando em sua grande maioria para a redução de endividamento, controle de juros”, iniciou Muzzi.
“Parte desse valor ainda iremos levar ao Conselho de Administração da SAF para ver se conseguimos utilizar uma parte desse valor para investimento de futebol da base, aquisição de atleta na base, e implementar pelo menos parte do projeto de reforma do CT, que é subir o Centro de Treinamento, o centro de excelência dos campos 5, 6 e 7”, prosseguiu o CEO.
O Conselho de Administração da SAF
O Conselho de Administração da SAF do Atlético conta com nove membros. São eles os investidores Rubens Menin, Rafael Menin, Ricardo Guimarães, Renato Salvador, Daniel Vorcaro, Marcelo Patrus e Gustavo Drummond, além dos membros indicados pela associação, Sérgio Coelho (presidente) e Márcio André (vice-presidente).
Quem vai aportar os R$ 200 milhões?
O responsável pelo novo aporte na SAF do Atlético será o banqueiro Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master. Com isso, o empresário aumenta em 12 pontos percentuais suas ações, saindo de 8,2% para 20,2%. O acréscimo de R$ 200 milhões no capital foi aprovado nessa segunda-feira pelos conselheiros do clube.
SAF do Atlético
O clube mineiro concluiu, em novembro de 2023, o processo de transformação em Sociedade Anônima de Futebol (SAF) e recebeu investimento multimilionário da Galo Holding, na ordem dos R$ 500 milhões. Os recursos foram utilizados majoritariamente para a quitação de dívidas.
A Galo Holding adquiriu 75% das ações da SAF do Atlético por um aporte de R$ 913 milhões. Do montante total, R$ 313 milhões representam a quitação da dívida do clube com os empresários Rubens Menin, Rafael Menin e Ricardo Guimarães.
O aporte direto de cerca de R$ 500 milhões foi dividido da seguinte maneira: R$ 400 milhões por meio da 2R Holding (Rubens e Rafael Menin) e R$ 100 milhões por meio do Galo Forte FIP.
O Galo esperava receber R$ 600 milhões para iniciar as operações da SAF, mas isso não foi possível porque o FIGA (Fundo de Investimentos do Galo, composto por torcedores) ainda está em processo de captação de recursos. O prazo é de 180 dias.