Em julho de 2023, a aprovação da transformação do Atlético em Sociedade Anônima de Futebol (SAF) por parte do Conselho Deliberativo previa um aporte de R$ 100 milhões no clube-empresa alvinegro por parte do FIGA, o “Fundo de Investimento do Galo”. Sete meses depois, no entanto, o fundo ainda enfrenta dificuldades para captação de novos recursos. CEO da SAF, Bruno Muzzi abordou o tema na última segunda-feira (26/2).
Por meio do FIGA, o Atlético abriu a possibilidade de que “investidores qualificados” adquirissem percentual do clube-empresa com aportes mínimos de R$ 1 milhão. Pelas contas apresentadas pelo próprio clube, no entanto, o fundo captou menos de R$ 10 milhões nessa busca inicial.
O FIGA é administrado pelo banco BTG Pactual e inscrito com endereço no Rio de Janeiro. Segundo Bruno Muzzi, o fundo segue em processo de captação, mas o Galo já tem um “plano B” caso os valores pretendidos não sejam alcançados.
“O prazo ainda persiste. A gente continua conversando. Está mais devagar, de fato, mas a gente vai intensificar agora. Ainda tinha muita coisa para acontecer nesse início de ano, mas a gente vai intensificar agora para ver se consegue ampliar essa captação. (…) Já existe um plano B também.”
Bruno Muzzi, CEO da SAF do Atlético
Novos percentuais na SAF do Atlético
Com a aprovação do aporte de R$ 200 milhões por parte do Galo Forte FIP na última segunda-feira, os percentuais acionários da SAF do Atlético sofreram mudança significativa. A associação conservou os 25% que já detinha da “Galo Holding”, mas a estrutura interna do grupo ficou dividida da seguinte forma:
Composição inicial no projeto da Galo Holding
- Rubens e Rafael Menin: 50,9%
- Associação: 25%
- Galo Forte FIP: 8,2%
- Ricardo Guimarães: 7,7%
- FIGA (ainda a pagar): 7,7%
- FIGA: 0,5%
Nova composição da Galo Holding
- Rubens e Rafael Menin: 41,8%
- Associação: 25%
- Galo Forte FIP: 20,2%
- Ricardo Guimarães: 6,3%
- FIGA (ainda a pagar): 6,3%
- FIGA: 0,4%
Os novos recursos da SAF do Atlético devem ser utilizados prioritariamente na quitação de dívidas bancárias – as mais prejudiciais para a saúde financeira do clube. O clube-empresa do Galo também espera direcionar parte desse investimento às categorias de base e à estrutura da Cidade do Galo.