O Atlético contratou um jogador colombiano pela sétima vez em sua centenária história. Aos 21 anos, o atacante Brahian Palacios chega com o status de um atleta a ser lapidado e tenta quebrar o retrospecto negativo deixado pela maioria dos compatriotas que defenderam o Galo.
Palacios chega ao Atlético após 56 jogos pelo time principal do Atlético Nacional, da Colômbia, onde foi formado como jogador. Neste início de trajetória, o jovem contribuiu para “Los Verdolagas” com três gols e quatro assistências, tendo conquistado o Apertura do Campeonato Colombiano em 2022 e a Copa da Colômbia em 2023.
Brahian é peça que supre uma carência importante no elenco alvinegro: a de um jogador de beirada, com características de drible e velocidade. Neste momento, o técnico Felipão só dispõe do jovem Alisson Santana, de 18 anos, com essas valências.
O principal desafio de Palacios é ser o primeiro colombiano a construir uma trajetória de destaque no Atlético. Dylan Borrero, o mais recente deles, chegou a conquistar títulos importantes, mas nunca se firmou como titular da equipe mineira.
A seguir, o No Ataque relembra as passagens dos atletas colombianos que vestiram o preto e branco. De Alexander Escobar a Dylan Borrero, a maioria teve desempenho discreto em Belo Horizonte.
Jogadores colombianos da história do Atlético
Alexander Escobar
Alexander Escobar foi um meio-campista de grande sucesso no Colômbia e no Equador. Após 12 anos no América de Cali, do país natal, com cinco títulos do Campeonato Colombiano, o jogador se transferiu ao Atlético em 1996.
A passagem pelo Galo durou cerca de três meses, com sete jogos no período. Escobar sequer chegou a marcar gols na campanha que terminou com um terceiro lugar para o Atlético no Campeonato Brasileiro daquele ano.
Após defender o time alvinegro, o meio-campista passou por LDU (Equador, duas vezes), Millonarios (Colômbia) e Deportivo Pereira (Colômbia). Na sequência da carreira, levantou quatro taças do Campeonato Equatoriano com a LDU.
Gustavo Del Toro
Gustavo Del Toro foi um volante revelado pela base do Real Cartagena, da Colômbia. Antes e depois da curta passagem pelo Atlético, em 2000, também defendeu o Independiente Santa Fe.
Assim como Escobar, Del Toro fez sete jogos com a camisa preta e branca e não deixou saudades para o torcedor. O colombiano contribuiu com um gol na goleada do Galo por 9 a 0 sobre a Seleção de Itaúna, em julho de 2000, no Mineirão.
Wason Rentería
O atacante Wason Rentería chegou ao Atlético em 2009, sob grandes expectativas, após passagens positivas por Boyacá Chicó (Colômbia), Internacional, Porto (Portugal), Strasbourg (França) e Braga (Portugal). A trajetória no Galo, contudo, durou menos de um semestre e teve apenas um gol em 16 partidas.
De toda forma, Rentería conseguiu construir carreira de sucesso no futebol. Após defender o Atlético, também jogou por Braga (pela segunda vez), Once Caldas (Colômbia), Santos, Millonarios (Colômbia), Racing (Argentina), La Equidad (Colômbia), Boyacá Chicó (novamente), Atlético Tubarão e Guarani.
Sherman Cárdenas
Revelado pelo Atlético Bucaramanga, da Colômbia, em 2005, o meia-atacante Sherman Cárdenas teve boa ascensão no futebol do país natal. Antes de representar o Galo, em 2015, passou por Millonarios, La Equidad, Junior Barranquilla e Atlético Nacional.
Pelo Nacional, inclusive, marcou um golaço contra o Atlético nas oitavas de final da Copa Libertadores de 2014. A passagem vestindo preto e branco, no entanto, foi abaixo das expectativas. Cárdenas ofereceu uma assistência e não marcou gols ao longo dos 29 jogos que fez pelo Galo em 2015.
O meia-atacante foi outro colombiano a sair sem deixar saudades para a torcida, ainda que com a taça do Mineiro de 2015 no currículo. Depois do Atlético, Cárdenas voltou a defender o Atlético Nacional, mas também passou por Vitória, LDU (Equador), Atlético Bucaramanga (duas vezes), Junior Barranquilla, Independiente Santa Fe, Once Caldas e, hoje, atua pelo Alianza Petrolera.
Yimmi Chará
O atacante Yimmi Chará foi o colombiano de números mais expressivos pelo Atlético. Representando o time alvinegro, o velocista marcou 10 gols e ofereceu oito assistências em 68 jogos, mas não conquistou títulos.
Em valores absolutos, a venda de Chará ao Portland Timbers, dos Estados Unidos, é a 11ª maior da história do Galo. O Atlético fechou o negócio em janeiro de 2020, por 6,5 milhões de euros – cerca de R$ 26,1 milhões na cotação da época.
Antes do clube mineiro, o atacante defendeu Centauros (Colômbia), Tolima (Colômbia), Monterrey (México, duas vezes), Atlético Nacional (Colômbia), Dorados (México) e Junior Barranquilla. Depois, atuou pelo Portland Timbers e, nos dias atuais, veste as cores do Junior Barranquilla.
Dylan Borrero
O meia-atacante Dylan Borrero foi anunciado como reforço do Atlético em janeiro de 2020, poucos dias após a saída de Yimmi Chará. À época aos 18 anos, o jovem ainda era uma promessa do Independiente Santa Fe, da Colômbia.
Entre 2020 e o começo de 2022, Dylan marcou três gols e ofereceu seis assistências em 47 jogos pelo Galo. O colombiano conquistou três Campeonatos Mineiros (2020 a 2022), um Campeonato Brasileiro (2021), uma Copa do Brasil (2021) e uma Supercopa do Brasil (2022) vestindo preto e branco.
Em abril de 2022, Borrero foi vendido pelo Atlético ao New England Revolution, dos Estados Unidos, por US$ 4 milhões (cerca de R$ 19 milhões na cotação da época). O jovem segue no clube até os dias atuais.