O Atlético promoverá uma troca de treinador pela 18ª vez nos últimos 10 anos. Desde o início de 2014, este será o 19° trabalho diferente no comando técnico do Galo – o 10° maior número no recorte em questão entre os clubes que disputarão a Série A do Campeonato Brasileiro. Veja o ranking ao fim da matéria.
Na última quarta-feira (20/3), uma reunião entre Sérgio Coelho, presidente do clube mineiro, e o técnico Felipão pôs fim à parceria entre as partes. O projeto de Scolari no Atlético durou cerca de nove meses, e a saída se deu “de forma consensual”, segundo o Galo.
Em 2023, o experiente treinador gaúcho enfrentou um início desafiador à frente da equipe alvinegra, com nove jogos sem vitórias. Depois, conduziu arrancada no returno da Série A do Campeonato Brasileiro e levou o Atlético ao terceiro lugar da principal competição nacional.
Apesar disso, o desempenho da equipe neste início de 2024 e episódios extracampo minaram a relação de Felipão com o clube, de modo geral. Para além da oscilação dentro das quatro linhas, o técnico incomodou torcedores com atitudes ríspidas e más respostas em entrevistas coletivas.
A saída de Felipão concretiza a 18ª troca de treinador no Galo desde o início de 2014. A média, portanto, é de praticamente dois técnicos por temporada.
Todos os técnicos do Atlético desde 2014*
- Paulo Autuori (2014): 23 jogos
- Levir Culpi (2014-2015): 109 jogos
- Diego Aguirre (2016): 29 jogos
- Marcelo Oliveira (2016): 42 jogos
- Roger Machado (2017): 43 jogos
- Rogério Micale (2017): 13 jogos
- Oswaldo de Oliveira (2017-2018): 20 jogos
- Thiago Larghi (2018): 49 jogos
- Levir Culpi (2018-2019): 31 jogos
- Rodrigo Santana (2019): 41 jogos
- Vagner Mancini (2019): 13 jogos
- Rafael Dudamel (2020): 10 jogos
- Jorge Sampaoli (2020-2021): 45 jogos
- Cuca (2021): 71 jogos
- Antonio “El Turco” Mohamed (2022): 45 jogos
- Cuca (2022): 21 jogos
- Eduardo Coudet (2023): 35 jogos
- Felipão (2023-2024): 41 jogos
*Sem considerar os trabalhos de técnicos interinos.
Em um comparativo com outros clubes da Série A do Campeonato Brasileiro de 2024, o Atlético é o 10° no quesito troca de treinadores nos últimos 10 anos – empatado com o rival Cruzeiro e com o Cuiabá. Recém-promovidos à elite do futebol nacional, Vitória (26 trocas), Atlético-GO (24) e Criciúma (23) são os que mais mudaram o comando no período.
Em termos de longevidade de trabalhos nesse recorte, Grêmio (oito trocas), Palmeiras (12) e Fortaleza (14) são os “destaques”. O trio é o que menos promoveu mudanças no comando técnico desde o início de 2014.
Ranking de trocas de treinadores entre clubes da Série A desde 2014*
1° – Vitória: 26 trocas
2° – Atlético-GO: 24 trocas
3° – Criciúma: 23 trocas
4° – Athletico-PR: 22 trocas
5° – Bahia e Vasco: 21 trocas
7° – Flamengo: 20 trocas
8° – Botafogo e Juventude: 19 trocas
10° – Atlético, Cruzeiro e Cuiabá: 18 trocas
13° – RB Bragantino: 17 trocas
14° – Corinthians, Fluminense e Internacional: 16 trocas
17° – São Paulo: 15 trocas
18° – Fortaleza: 14 trocas
19° – Palmeiras: 12 trocas
20° – Grêmio: 8 trocas
*O levantamento não considera os trabalhos de treinadores interinos.