Durante este domingo (24/3), vazou nas redes sociais o documento apresentado pelo Atlético em meio às negociações com o treinador argentino Gabriel Milito, de 43 anos. O Galo concentrou esforços em “vender o projeto esportivo” ao ex-zagueiro, tido como um dos nomes mais promissores entre os técnicos nascidos na Argentina.
São 34 slides que mergulham em diferentes áreas do centenário clube mineiro. Tamanho da torcida, títulos conquistados, ídolos, Arena MRV, Cidade do Galo, estrutura acionária da Sociedade Anônima de Futebol (SAF), objetivos e organograma foram os pontos iniciais da apresentação.
Dessa parte inicial, chama atenção o detalhamento do projeto de longo prazo adotado pela diretoria do Atlético. O clube explicou a Milito que pretende concentrar esforços para quitar a totalidade de suas dívidas até 2026.
A partir de 2027, o caminho ficaria livre para ampliar os investimentos no futebol. O clube planeja, ao fim desse ciclo, em 2030, colher frutos com categorias de base “de excelência” e conquistas esportivas.
Modelo de jogo pretendido pelo Atlético
A apresentação também detalha as premissas do modelo de jogo pretendido pela diretoria do Atlético. Os macroprincípios ofensivos são: preferência por uma saída de bola curta e construção vertical. Os defensivos são: não deixar o adversário sair jogando de forma curta e constante pressão na bola.
Nos momentos de transição defensiva (logo após a perda da posse de bola), o Galo espera ter um pós-perda agressivo. Em transição ofensiva (momento após a retomada da posse, com o rival desestruturado), o Atlético preza por explorar os contra-ataques.
No documento, o clube trata esses preceitos como “inegociáveis”. De toda forma, deixa abertas ao treinador vigente as “dinâmicas de execução”. Veja essa parte do documento detalhada na galeria de fotos a seguir.
Parte do documento apresentado pelo Atlético ao treinador Gabriel MilitoFoto: Reprodução/Redes sociais
Parte do documento apresentado pelo Atlético ao treinador Gabriel MilitoFoto: Reprodução/Redes sociais
Parte do documento apresentado pelo Atlético ao treinador Gabriel MilitoFoto: Reprodução/Redes sociais
Atlético e Gabriel Milito
Na apresentação, o Atlético também detalhou todo o processo de identificação dos treinadores-alvo no mercado da bola após a saída de Felipão. O clube promoveu análises de dados, quantitativas, qualitativas e de viabilidade.
Durante esse estudo, o setor de análise de desempenho do Galo se aprofundou em 17 partidas de times comandados por Gabriel Milito. Profissionais alvinegros se empenharam até em análises de entrevistas do argentino para entender melhor o perfil do “Marechal”.
Parte do documento apresentado pelo Atlético ao treinador Gabriel MilitoFoto: Reprodução/Redes sociais
Parte do documento apresentado pelo Atlético ao treinador Gabriel MilitoFoto: Reprodução/Redes sociais
Parte do documento apresentado pelo Atlético ao treinador Gabriel MilitoFoto: Reprodução/Redes sociais
Parte do documento apresentado pelo Atlético ao treinador Gabriel MilitoFoto: Reprodução/Redes sociais
Parte do documento apresentado pelo Atlético ao treinador Gabriel MilitoFoto: Reprodução/Redes sociais
O modelo de jogo aplicado nas equipes de Gabriel Milito também foi profundamente estudado pelo Atlético. Veja o sistema padrão utilizado pelo treinador argentino e os principais princípios ofensivos e defensivos de seus trabalhos, além de avaliações dos jogadores de cada posição.
Elenco do Atlético e “sustentabilidade esportiva”
Na parte final do documento, há um breve detalhamento sobre o elenco do Atlético. Detalhe para as chegadas (marcadas em verde) e potenciais saídas ao longo da temporada (marcadas em vermelho).
Robert Santos, meia-atacante do Athletic, já constava na apresentação. O jovem de 20 anos defenderá o Galo por empréstimo, com opção de compra, até dezembro de 2024.
Os meio-campistas Patrick e Pedrinho e os atacantes Alan Kardec e Eduardo Vargas são caracterizados como atletas que podem deixar o clube ainda neste ano.
Por fim, um slide sobre sustentabilidade esportiva. O clube admite a possibilidade de contratar reforços pontuais, com “custo baixo”, no decorrer da temporada. Ainda assim, trata a venda de ativos como uma necessidade – assim como o projeto de dar oportunidades aos jogadores advindos das categorias de base.
