Campeão do mundo com a Seleção Brasileira em 1994, o ex-jogador e hoje comentarista Zinho disse que o técnico Gabriel Milito precisará ter aproveitamento melhor no Atlético do que obteve em seus últimos trabalhos se quiser resistir por muito tempo no cargo.
“Com esses números dos últimos trabalhos dele, no Brasil, ele cai”, destacou Zinho.
“Vai ser o melhor elenco que ele teve na mão para trabalhar, dos clubes todos pelos quais passou, é o melhor. Ele é uma aposta, está em início de carreira, e a pressão vai ser forte”, afirmou o campeão do mundo.
“A torcida do Atlético espera o Galo brigando pela ponta dos campeonatos, pelos títulos. Com o elenco que o Atlético tem, tem que disputar o título da Copa Libertadores, tem elenco para disputar todas as competições. E o Milito vai ser pressionado nesse sentido. Que ele possa entender rapidamente o nosso futebol”, concluiu.
Carreira de Gabriel Milito
Milito, de 43 anos, foi jogador e defendeu as camisas de Independiente, Zaragoza, Barcelona e Independiente.
Ele surgiu no Rojo de 1997 e permaneceu até 2003. Um ano antes de ser negociado, conquistou o Campeonato Argentino de 2002.
Na Europa, defendeu o Zaragoza de 2003 a 2007. Era um dos líderes do elenco e conseguiu se destacar ao conquistar dois títulos: a Copa do Rei (2003–04) e a Supercopa da Espanha (2004). Com a Seleção Argentina, participou da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha.
Em 2007, o Barcelona pagou 20,5 milhões de euros para contratar o jogador. No clube culé, sofreu com lesões no joelho direito. Fez parte do elenco que conquistou duas Supercopas da Espanha (2009 e 2010), uma Supercopa da UEFA (2009), um Mundial de Clubes da FIFA (2009), duas LaLigas (2009–10 e 2010–11) e uma Liga dos Campeões da UEFA (2010–11).
Voltou ao Independiente e encerrou a carreira em 2012, aos 31 anos.
Milito treinador
Como treinador, passou por Estudiantes, Independiente, O’Higgins e Argentinos Juniors.
Depois de uma experiência na base do Rojo, assumiu o comando do Estudiantes em abril de 2015. Em 29 jogos, venceu 17, empatou seis e perdeu seis. Apesar dos bons resultados, renunciou ao cargo em dezembro daquele ano.
Em 2016, no Independiente, dirigiu o time em 19 jogos, com oito vitórias, cinco empates e seis derrotas. Pediu demissão após a eliminação para o Banfield no torneio local, em dezembro daquele ano.
Em agosto de 2017, teve sua primeira experiência fora do futebol argentino. Dirigiu o O’Higgins, do Chile, em 29 jogos (11 vitórias, 5 empates e 13 derrotas) até junho de 2018. Sem grandes expectativas no futebol chileno, deixou o clube.
Milito voltou ao Estudiantes em março de 2019 e ficou por um ano. Ao todo, dirigiu o time em 34 jogos, com 13 vitórias, 10 empates e 11 derrotas. Pediu demissão após eliminação diante do modesto Deportivo Laferrere na Copa da Argentina.
Por fim, sua última experiência foi no Argentinos Juniors, com 135 jogos (58 vitórias, 33 empates e 44 derrotas). O trabalho foi elogiado pela forma vistosa de jogo e por abrir espaço a jovens da base.
Os dados utilizados nesta matéria foram retirados do Transfermarkt.
