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Atlético: Rubens Menin fará novo aporte milionário na SAF para cobrir fundo

Empresário explicou que fará o investimento porque o FIGA não alcançou o valor esperado; com o dinheiro em caixa, o foco será o pagamento de dívidas
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O empresário Rubens Menin vai aportar na SAF do Atlético cerca de R$ 100 milhões que estavam previstos para serem arrecadados pelo FIGA (Fundo de Investimentos do Galo). O prazo para a transferência do dinheiro ainda não foi definido. A informação, que havia sido divulgada pelo ge, foi confirmada ao No Ataque pelo próprio Menin.

Em entrevista ao portal da Globo, Rubens Menin explicou que fará o investimento porque o FIGA não alcançou o valor esperado.

“Não somou, nós vamos investir lá, na verdade eu que vou fazer o investimento para poder fechar esse valor para poder completar aquilo que vai ser feito no Atlético. Sou eu quem vou colocar (o que não chegou a 100 do FIGA). Nós vamos colocar agora”, disse.

“Então, esse aporte vai ser super relevante. Ele não seria necessário se os juros caíssem de forma mais rápida, mas toda vez que os juros demoram a cair, se você não fizer o aporte, você tem mais despesa financeira. Então, nós botaremos mais dinheiro para diminuir a dívida mais rápido. Nada mais simples do que isso”, acrescentou.

Com o dinheiro em caixa, o foco do Atlético é o pagamento de dívidas, destacou Menin.

“Os juros não vão cair tão rápido quanto imaginávamos. Então, temos que diminuir essa dívida de forma mais rápida. Queremos investir no futebol x. Se eu tiver mais juros para pagar, terei que investir menos para investir no futebol, ou então estoura o orçamento, que é o que já foi feito no passado. Não podemos estourar o orçamento. Para isso, precisamos ter menos despesa financeira para poder sobrar dinheiro para o futebol, para ter o futebol competitivo. O maior desafio do Atlético é ter um time competitivo com dívida”.

O FIGA foi criado para receber participações minoritárias dos torcedores, com cotas de R$ 1 milhão. Apesar de contar com apoio de um banco na capitação, o Galo ficou longe de atingir a meta.

Mais aporte

Como noticiou o site No Ataque no dia 31 de maio, o Atlético também receberá R$ 200 milhões de forma parcelada do Galo Forte FIP, fundo de investimentos liderado pelo banqueiro Daniel Vorcaro. Clique aqui e entenda!

As dívidas bancárias do Atlético

As pendências relacionadas a empréstimos e financiamentos com instituições financeiras foram reduzidas em cerca de 45% numa comparação entre o fim de 2022 e o fim de 2023. Por meio dos aportes na SAF, o Galo viu o endividamento bancário cair de R$ 843 milhões para R$ 465 milhões nesse período.

O perfil desse endividamento também foi alterado. Ao fim de 2022, cerca de R$ 575 milhões (69% do total do ano) representavam pendências de curto prazo, enquanto R$ 268 milhões eram dívidas de longo prazo.

Ao fim de 2023, no entanto, o clube calculava ter R$ 145 milhões em dívidas de curto prazo (31% do total do ano). Os encargos com prazos maiores rondavam a casa de R$ 320 milhões.

Em documento, a SAF do Atlético enfatizou que a média das taxas de empréstimo antes da transformação em clube-empresa eram de CDI*+8%. Agora, essa média é de CDI+4%.

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