FUTEBOL NACIONAL

Atlético: morre Helena Miranda, que inspirou o apelido ‘Xodó da Vovó’

Helena Nogueira de Miranda ficou conhecida por ser avó do ex-jogador Rafael Miranda, revelado pelo Galo hoje comentarista de futebol
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Morreu nesta segunda-feira (29/7) a atleticana Helena Nogueira de Miranda, aos 97 anos. Ela ficou conhecida por ser avó do ex-jogador Rafael Miranda, revelado pelo Galo e hoje comentarista de futebol.

O velório de Helena Miranda será realizado às 12h30, na avenida do Contorno, 8657, no bairro Gutierrez, em Belo Horizonte. O sepultamento será no Cemitério da Paz, no bairro Alto Caiçaras.

Rafael Miranda ganhou o apelido Xodó da Vovó em 2006, quando marcou seu primeiro gol pelo profissional. Na véspera do jogo contra o Paysandu, pela Série B do Campeonato Brasileiro, Dona Helena, avó de Rafael Miranda, foi à Cidade do Galo e pediu ao neto que marcasse um gol.

E foi o que ocorreu: o volante balançou as redes uma vez na vitória por 3 a 0. Na transmissão da rádio Itatiaia, o locutor Willy Gonser, morto em 2007, foi o autor da alcunha, que é lembrada até hoje.

“Quem inventou o apelido foi o Willy Gonser. A gente ia jogar no sábado contra o Paysandu. Na sexta, a minha avó foi ao CT, a imprensa gosta daquela conversa, a imprensa entrevistou a minha avó, e ela falou: ‘poxa, deixa o Rafa fazer o gol’. Ela pediu ao treinador: ‘Levir, deixa o Rafa fazer um gol’. A entrevista dela saiu no dia do jogo e acabei fazendo o gol, foi meu primeiro gol como profissional. E o Willy, eu gosto muito de falar do Willy, para mim ele foi o maior narrador, vamos ver se vai surgir outro igual a ele, a inteligência dele, ele muito rápido para pensar. Eu fiz o gol e ele já linca na história da vovó, e ele fala ‘gol para atender a vovó’. E a partir daí ele começa a me chamar de Xodó da Vovó”, disse Rafael Miranda, em entrevista ao Superesportes.

“No primeiro momento, fiquei com receio de como seria o apelido, se poderia ser prejudicial. Você pensa em um camisa 5 do Galo como Xodó da Vovó? Conhecendo a história da torcida do Galo, como o torcedor ia entender isso? Meu camisa 5, o cara que tem que chegar o rei, isso não vai pegar bem. Aí eu fiquei com isso, mas como o torcedor não podia cobrar de mim era falta de dedicação e comprometimento, isso nunca faltou. A partir do momento que percebeu que entrega e intensidade do jogo não faltavam, acho que o torcedor levou na brincadeira. Hoje, tem cara que lembra do apelido e não lembra do nome”.

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