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Atlético: Milito explica por que proposta adotada contra o Cruzeiro não foi conservadora

Técnico Gabriel Milito surpreendeu torcedores do Atlético ao escalar time com três volantes para clássico com Cruzeiro
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Nas redes sociais, na noite deste sábado (10/8), diversos atleticanos demonstraram descontentamento após a divulgação da escalação do Atlético para o clássico contra o Cruzeiro. A formação com três volantes de origem surpreendeu e foi avaliada negativamente por muitos. Em entrevista coletiva concedida após a partida, que terminou empatada por 0 a 0 na 22ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, Milito explicou a ideia por trás da proposta e negou qualquer possibilidade de ter “entrado para empatar” no duelo contra o arquirrival.

Os números ajudam a evidenciar a superioridade do Atlético diante do Cruzeiro. Com 65% de posse de bola e 12 finalizações (contra seis do rival), o Galo se fez mais presente no campo de ataque e criou mais oportunidades de balançar as redes.

Ao analisar o confronto, Milito, a princípio, elogiou o comportamento defensivo do time. Depois, ao explicar a ideia de jogo, mencionou algumas das funções que atletas específicos tiveram de cumprir contra a Raposa.

“Nós viemos aqui para ganhar. Isso se viu durante o jogo. Com certeza, o futebol tem dois aspectos: há que defender e atacar. Defendemos bem e, quando tivemos que atacar, atacamos bem. Por isso, tivemos em muito momento o domínio e o controle do jogo. O que você comenta não é assim. Se não, Saravia não teria atacado como atacou, sendo zagueiro; se não, Arana não haveria sido profundo como foi; se não, Paulinho e Alan Franco, quando tínhamos a bola, jogavam por dentro e tinham obrigação de ingressar na área; tanto Otávio como Fausto Vera, quando a bola subia perto da área deles, tinham que somar-se também ao ataque”, disse.

“Eu creio que não é assim. E o futebol não tem somente a ver com as características dos jogadores, mas sim com os posicionamentos. O Cruzeiro é uma equipe que joga muito bem de forma curta desde o Cássio, nos tiros de meta. Hoje, não conseguiu fazer isso. Isso significa que nós pressionamos muito acima. Se você vê a estatística do Cruzeiro, de todos os jogos que Cruzeiro jogou aqui (não perdeu nenhum ponto e ganhou todos os jogos), eles saem curto e fazem isso muito bem. Além disso, terminam em situação de gol e em gol, em muitas de suas ações. Hoje, não puderam jogar curto praticamente nunca, devido ao nosso posicionamento alto”, prosseguiu.

“Ser defensivo é outra coisa”, diz Milito

Em seguida, Milito pregou respeito à opinião dos que pensam que a formação do Atlético teve caráter defensivo. Ainda assim, assegurou que preparou a equipe para atacar e vencer – e argumentou que o acompanhamento do jogo permitiu a qualquer torcedor chegar a essa conclusão.

“Não sei quem fala isso. Com certeza, respeito essa opinião. Mas quem viu o jogo, especular, ser defensivo é outra coisa. Não tem nada a ver, desde o meu ponto de vista, com o que aconteceu. Além disso, eu preparei o jogo e sei como preparei: para atacar, para tentar ganhar a partida. E assim foi. Tivemos situações, tivemos controle de jogo, tivemos maior quantidade de posse de bola. No segundo tempo, sobretudo, fomos mais claros. Bom, é uma opinião não sei de quem. Eu respeito, mas creio que aconteceu algo distinto, se vê o jogo”, encerrou.

O Atlético agora volta atenções para as oitavas de final da Copa Libertadores. O jogo de ida contra o San Lorenzo será disputado a partir das 21h30 de terça-feira (13/8), no Estádio El Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires.

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