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Milito volta a se irritar com repórter em coletiva do Atlético: ‘Fácil criticar’

Treinador, que tem se irritado frequentemente durante as entrevistas, rebateu jornalista após empate do Galo com o San Lorenzo
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O técnico Gabriel Milito voltou a se irritar durante uma entrevista coletiva nessa terça-feira (13/8), após o empate do Atlético por 1 a 1 com o San Lorenzo, pela ida das oitavas de final da Copa Libertadores.

Após a partida no Estádio Nuevo Gasómetro, em Buenos Aires, na Argentina, o repórter Guilherme Frossard iniciou a pergunta citando erros defensivos do Atlético. Contra o El Ciclón, por exemplo, o alvinegro levou o gol após um passe errado do lateral-direito Saravia no campo defensivo.

O jornalista também lembrou de uma falha no empate do Galo por 0 a 0 com o Cruzeiro, no Mineirão, pelo Campeonato Brasileiro. Antes de poder completar a pergunta, ele foi interrompido pelo técnico argentino.

Milito, então, fez uma série de questionamentos a Frossard antes de mostrar irritação com o profissional. O treinador gostaria que, além de questionar os erros, o repórter elogiasse os acertos. Por fim, fez um desabafo e pediu uma “análise profunda”. 

Essa não é a primeira vez em que Milito se irrita durante uma entrevista coletiva. Recentemente, ele não tem gostado de alguns questionamentos da imprensa e já chegou a ter uma pequena discussão com o próprio Guilherme Frossard

Veja o diálogo entre Frossard e Milito

Frossard: “Nos dois últimos jogos, hoje e no clássico, as principais chances do adversário foram em bolas que o Atlético perdeu em passes errados, em erros individuais defensivos. Você falou, ‘eu transmito a importância desses jogos’, mas tem acontecido com certa frequência, especialmente em jogos grandes.”

Milito: “Perdão, qual partida? Com Cruzeiro? Qual?”

Frossard: “O lance do Barreal, por exemplo, no primeiro tempo. A bola estava com Atlético, perdeu a bola, e houve a chance do Cruzeiro.”

Milito: “E você viu a situação do Scarpa? 

Frossard: “Sim”.

Milito: “Sabe quanto tempo a equipe teve a bola? Quanto?”

Frossard: “Muito. Não sei.”

Milito: “Sabe quantos passes fez a equipe?”

Frossard: “Não. Minha pergunta é…”

Milito: “Eu quero contestar isso. Esse dia, que você fala, não importa se temos muito tempo a bola, vai acontecer de a perdemos. Mas não julgamos isso. Por isso falo do Cruzeiro. Foram dois minutos de posse, 38 passes que terminaram com finalização de Scarpa, que quase terminou em gol. Mas você não fala disso, fala hoje da bola perdida. Não vamos seguir julgando isso. Evidentemente, se não a perder, melhor. Mas nem todo perigo, os gols que fazemos vêm através desse estilo de jogo que eu escolhi. Falamos da perda, mas não fala da construção. Você não fala. Depois vou mandar seguir tudo isso, já que falou das perdas, quero que me fala. O que gosta? É isso ou aquilo? Assim entramos em acordo, porque é muito fácil criticar o erro e não elogiar o acerto. Então o que fazemos? Você me assegura que não a teremos e não tomaremos gol? Não pode assegurar isso. Primeiro para falar, há de fazer uma análise profunda, que é o que falta.”

Frossard: “Perfeito. A pergunta era só se você acha que falta um pouco mais de atenção, especialmente no campo de defesa.”

Milito: “Não. É futebol e pode acontecer.”

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