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Arena MRV: Kalil quer debate sobre contrapartidas

Alexandre Kalil nega que sua gestão à frente da prefeitura de Belo Horizonte tenha dificultado as obras da Arena MRV
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A pauta das contrapartidas envolvidas nas obras da Arena MRV, em Belo Horizonte, segue agitando os bastidores políticos do Atlético. Em entrevista ao Estado de Minas/No Ataque, Alexandre Kalil, ex-presidente do clube mineiro, afirmou que quer debater o tema com o empresário Rubens Menin, um dos investidores da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Galo.

Na opinião de alguns dos dirigentes do Atlético, a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH), na gestão Kalil (do início de 2017 ao início de 2022), tomou iniciativas para dificultar a construção do novo estádio do clube. Em entrevista ao site ge.com, Rubens Menin disse que as contrapartidas resultaram em prejuízo de R$ 250 milhões.

Ao Estado de Minas/No Ataque, Alexandre Kalil tratou como “canalhice” a acusação de que sua gestão na PBH teria deliberadamente dificultado as obras da Arena MRV.

“Isso é mentira! Isso é mentira! Isso é uma canalhice. Isso é uma mentira para denegrir. Se eu não estou na prefeitura de Belo Horizonte, não tem estádio não. Doou lá um estádio que não podia fazer nem galinheiro dentro dele. Com nascente, com o diabo a quatro. (…) Aquilo já deu alguma coisa para alguém?”, questionou.

“Eu debato com ele, se for ao vivo, em qualquer lugar – inclusive no porta-voz dele. Se quiser pôr ao vivo, eu vou debater com ele. Ele leva os papéis dele sobre o Atlético, e eu levo os meus”, prosseguiu.

Em seguida, o ex-prefeito assegurou nunca ter feito pedidos ao empresário atleticano enquanto presidente do Galo. “‘Ah, porque quando ele vinha me pedir’. Pedir o quê? Nunca pedi nada para ele. Ele que montou barracão lá na minha prefeitura. Durante seis anos, um tal de Hudson ia de manhã, de tarde e de noite, só defendendo o interesse da empresa dele”, disparou.

Leia também: Arena MRV: Kalil diz que terreno doado ao Atlético não podia ser nem ‘galinheiro’

Kalil lista troféus conquistados ‘sem mecenas’

Na entrevista, Kalil também listou os troféus conquistados pelo clube na gestão dele, frisando que foi sem a ajuda de “mecenas”. Ele fez referência a declaração de Rubens Menin, atual dono da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Galo, de que o ex-presidente “bagunçou” muito o clube e, por isso, queria distância.

Em entrevista à ESPN, Menin disse que Alexandre Kalil é muito complexo. Também declarou que Kalil já havia feito muita bagunça no clube e tinha atrapalhado o Atlético.

Ao EM/No Ataque, Alexandre Kalil disse que realmente bagunçou o Atlético, mas na sala de troféus: “Outro dia eu vi aquele Rubens Menin, (dizendo) que eu baguncei o Atlético, fiz muita bagunça. Eu fiz muita bagunça mesmo. São mentirosos, eles usam uma rádio desqualificada para falar mentira”.

Kalil, então, citou os títulos conquistados enquanto ele estava na presidência do Galo, entre 2008 e 2014.

“Deixa eu te falar. Fiz muita bagunça no Atlético, porque estava muito arrumadinho. A sala de troféus, por exemplo, tinha 40 anos que não entrava nada lá dentro. Eu tive que bagunçar um pouco aquela sala. Colocamos uma Recopa (Sul-Americana), uma Copa do Brasil, uma Libertadores da América, quatro (três, na verdade) Mineiros, sem mecenas”, comentou Kalil.

“E nós tínhamos que tomar conta do CT, que também levaram embora para eles. Tínhamos dois estádios, o Mineirão e o Independência, levaram a Arena para eles. Então eles já desorganizaram”, finalizou.

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