Há exatos 50 anos, o Atlético protagonizava mais um jogo histórico no Mineirão, em Belo Horizonte. Na ocasião, a Taça Governador Rondon Pacheco era disputada em comemoração do aniversário de nove anos do Gigante da Pampulha.
Em 5 de setembro de 1974, depois de empatar com o Sporting comandado por Alfredo Di Stéfano (2 a 2), o Atlético mediu forças com o Benfica do lendário ex-atacante Eusébio, que vivia um de seus últimos anos no clube português.
A edição do Estado de Minas de 6 de setembro daquele ano relatou o confronto. De acordo com a crônica, o Galo não mereceu perder para o Benfica, que acabou por ficar com o título do aniversário do Mineirão.
As equipes protagonizaram duelo equilibrado no primeiro tempo. Com a saída de Eusébio na etapa complementar, o Atlético dominou o meio-campo e ameaçou a meta dos portugueses em diversas oportunidades.
O goleiro Bento fez ao menos cinco intervenções relevantes para evitar gols alvinegros. Até que um contra-ataque aos 35 minutos do segundo tempo originou escanteio para o time de Lisboa. Jordão marcou e selou a vitória do Benfica por 1 a 0.
Naquela oportunidade, o Galo foi escalado pelo icônico Telê Santana com: Zolini; Getúlio, Grapete, Márcio e Cláudio; Vanderlei Paiva e Campos; Paulinho, Marcelo Oliveira, Dadá Maravilha e Romeu.
“O Atlético está bem. Faltou um pouco mais de tranquilidade nas finalizações, mas há de se levar em conta a grande categoria do goleiro do Benfica”, avaliou Telê após a partida.
A postura alvinegra foi motivo de elogios de Simões, jogador do Benfica. “O Cruzeiro é mais técnico, toca melhor a bola, mas o Atlético é um time de muita raça, muita garra, e se fecha com perfeição”, disse.
Este foi o único confronto entre Atlético e Benfica na história. O clube de Lisboa tem tradição no Velho Continente, com 38 títulos do Campeonato Português e dois da Champions League.