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Meia elege mais talentoso com quem jogou no Atlético, fora R10: ‘Negócio de outro mundo’

Fillipe Soutto rasgou elogios ao meia-atacante Guilherme Gusmão, com quem jogou no Atlético em duas passagens
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Revelado pelas categorias de base do Atlético em 2010, o meio-campista Fillipe Soutto teve oportunidade de dividir vestiário com grandes jogadores no clube mineiro. Fora Ronaldinho Gaúcho, o jogador considera o meia-atacante Guilherme Gusmão como o atleta mais talentoso com quem jogou no Galo. “Negócio de outro mundo”, definiu.

O volante do Botafogo-SP exaltou a capacidade técnica de Guilherme e revelou que, por vezes, parava para assistir aos treinos de finalização do ex-companheiro de equipe. As declarações de Soutto foram dadas em entrevista ao Canal do Frossard.

“Guilherme (o mais talentoso fora R10). Talentoso, o Guilherme. Diferente. Era um cara que dava gosto. Às vezes, eu ficava assistindo o treino de finalização dele só para admirar. Tem cara que é diferente, é iluminado mesmo. A técnica dele era um absurdo”, analisou.

“É difícil falar isso, porque pode ser mal interpretado. Ronaldinho era um mágico, um cara que fazia coisas que ninguém imaginava. Chutava a bola para cima, conversando com a gente, e dominava a bola. Tinha umas coisas muito mágicas. Mas a questão da técnica refinada do Guilherme era um negócio de outro mundo. Do jeito que ela vinha, ele chapava de direita, de esquerda, cabeceava. Ele era muito diferente, muito bom”, prosseguiu.

“Muita gente não entendeu o Guilherme”, diz Fillipe Soutto

Na concepção do volante, as necessidades físicas de Guilherme não foram compreendidas por muitos treinadores. A dupla atuou junta no Atlético em duas oportunidades – entre 2011 e 2012 e, posteriormente, em 2014.

“Um cara que virou meu amigo pessoal também. Passou por algumas dificuldades na carreira, principalmente com relação à lesão. Muita gente não entendeu o Guilherme. Era um cara que precisava de pouco para fazer muito. Isso, hoje em dia, algumas pessoas tendem a ter mais cuidado com o jogador individualmente falando. Naquela época, não tinha tanto. Então, as mesmas coisas que todos faziam, o Guilherme também fazia. Isso podia gerar nele alguma sobrecarga e as lesões”, avaliou.

“Se houvesse alguém naquele momento da carreira dele – e em alguns outros também – que tratasse o Guilherme de uma forma mais exclusiva, ele seria um jogador bem mais fantástico com relação a números, à performance. De todo mundo falar: ‘Pô, esse título está nas costas desse cara’. Jogar até em um alto nível da Europa, talvez, porque é um cara diferenciado. Muito bom”, encerrou.

Revelado pelo Atlético, Fillipe Soutto defende o Botafogo-SP desde o início de 2022. Guilherme, por sua vez, representou as cores do Cianorte-PAR no começo da atual temporada, mas não joga desde março.

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