AMIZADE

Cruzeirense vai a jogo do Atlético por vizinho com síndrome de Down

'Quebra de protocolo' aconteceu no último domingo, na vitória do Atlético por 3 a 0 diante do Bragantino, pelo Campeonato Brasileiro
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Uma amizade nascida no Bairro Horto, na Região Leste de Belo Horizonte, que superou a rivalidade entre Atlético e Cruzeiro. Aos 33 anos, o engenheiro eletricista Ademir Granato, apaixonado pelo lado celeste da arquibancada, foi a um jogo do Galo para realizar o sonho do vizinho Renato Sampaio, uma pessoa com síndrome de Down completamente fascinada pelo alvinegro – especialmente pelo ídolo Hulk.

No último domingo (22), na vitória por 3 a 0 do Atlético sobre o Bragantino, após muita insistência de Renato, Ademir Granato e sua esposa, Moema Vianna, foram à Arena MRV. Atleticana, ela viu o programa como rotina, diferente do marido, apaixonado pelo Cruzeiro desde o título da Copa do Brasil de 2000, diante do São Paulo, no histórico gol de falta de Giovanni no Mineirão.

“Eu sou de Rio Pomba, na Zona da Mata. Lá, é raro ter cruzeirense e atleticano pela proximidade com o Rio de Janeiro. A maioria é Flamengo ou Vasco. Mas, na final de 2000, fiquei apaixonado pelo Cruzeiro. Hoje, sou sócio do clube e vou ao Mineirão com frequência”, afirma o engenheiro.

Sobre a experiência no território adversário, o cruzeirense afirma que valeu a pena para realizar o sonho do vizinho Renato.

“A minha esposa é atleticana. Ele viu ela com a camisa e começou a puxar assunto no corredor do prédio. Só que ele me envolveu nesse ‘balaio’. Inicialmente, queria que eu fosse com a camisa do Atlético, mas aí já era demais. Fui à paisana, tranquilo. Ele me emprestou a máscara do Hulk, porque queria que eu fosse com ela. Ficou realmente muito feliz. Um dia marcante para a vida de todos nós”, afirma Ademir Granato.

Para além de vibrar com a vitória do Atlético, Renato teve um sabor especial ao realizar o sonho de ir ao jogo do Galo com os vizinhos: o gol do atacante Hulk, o terceiro do Atlético na vitória por 3 a 0. “Ele é fascinado pelo Hulk. Uma coisa impressionante. Antes dele entrar, perguntei quem era o melhor em campo. Respondeu Hulk sem pensar duas vezes, mesmo com ele no banco. Uma idolatria mesmo”, afirma Granato.

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