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Confronto entre Atlético e Botafogo já foi decidido no cara ou coroa

Um dos confrontos mais curiosos entre os times mineiro e carioca ocorreu em novembro de 1967, pela Taça Brasil
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Finalistas da Copa Libertadores de 2024, Atlético e Botafogo fizeram jogos memoráveis ao longo da história. Um dos confrontos mais curiosos entre os times mineiro e carioca ocorreu em novembro de 1967, pela Taça Brasil, e foi decidido no ‘cara ou coroa’.

O Galo se classificou para o torneio por ser o então vice-campeão mineiro de 1966 – campeão estadual, o Cruzeiro era o o atual vencedor da Taça Brasil de 1966 e se classificou de forma antecipada para as semifinais.

O Atlético entrou na competição na disputa da Zona Centro-Sul. No primeiro confronto, eliminou o Goytacaz-RJ com direito a duas vitórias: 2 a 1, em Campos-RJ, e 5 a 1, em Belo Horizonte. Na fase seguinte, o adversário foi o Botafogo, então campeão da Taça Guanabara de 1967.

A definição ocorreu em três jogos. No primeiro, o Botafogo venceu o Atlético, no Maracanã, por 3 a 2. Roberto, Rogério e Paulo César Caju marcaram para o Botafogo. Canindé e Décio Teixeira diminuíram para o Galo.

No jogo no Mineirão, o Atlético venceu o Fogão, por 1 a 0, com gol de Ronaldo Drummond.

A partida de desempate ocorreu no Gigante da Pampulha. Nos 90 minutos, o duelo não saiu do zero. Na prorrogação, o Galo abriu o placar com Ronaldo Drummond, aos 3 minutos. O Botafogo empatou, com Gérson, aos 13′.

O empate levou a decisão para a disputa de cara ou coroa, como previa o regulamento. O árbitro Armando Marques chamou os capitães Décio Teixeira, do Galo, e Gerson, do Botafogo, para o centro do campo.

Com mais sorte, o Atlético se classificou na moedinha. Em entrevista em 2013 na Cidade do Galo, Buião relembrou um ‘causo’ do ‘jogo da moeda’ no Mineirão.

“Aquele episódio da Taça Brasil entrou para a história. Ficou conhecido como ‘jogo da moeda’ porque o Atlético e o Botafogo se enfrentaram em dois jogos, cada um ganhou um e precisou do duelo de desempate. No Mineirão, o terceiro confronto ficou empatado. Então, como não tinha pênaltis, houve decisão no cara e coroa”, disse.

“Todo mundo reunido no campo para ver o resultado da moeda e, antes dela cair, o Décio (Teixeira) saiu comemorando, gritando que a gente tinha vencido. Eu estava mais distante e não vi qual lado da moeda caiu para cima. Mas o juiz não teve como fazer a não ser acatar a decisão que acabou sendo do Décio (risos)”, relembrou o ex-jogador, que vestiu a camisa alvinegra entre 1964 e 1968.

Atlético 1 x 1 Botafogo

  • ATLÉTICO: Hélio; Canindé, Vânder, Grapete e Décio Teixeira; Vanderlei Paiva e Bibi; Buião, Ronaldo, Lacy e Tião – Tec: Fleitas Solich.
  • BOTAFOGO: Manga; Moreira, Zé Carlos, Leônidas e Valtencir; Carlos Roberto e Gérson; Rogério, Ferreti, Afonsinho (Lula) e Paulo César – Tec: Zagalo.
  • Data: 15 de novembro de 1967.
  • Local: Belo Horizonte, MG.
  • Estádio: Mineirão.
  • Público: 71.997 pagantes – Renda: NCr$ 216.409,00.
  • Competição: Taça do Brasil.
  • Árbitro: Armando Marques, RJ.
  • Gols: Ronaldo (3′ – 2º tempo da prorrogação) e Gérson (13′ – 2º tempo da prorrogação).
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