Antes de assinar com o Atlético, o atacante Deyverson passou por um momento conturbado no Cuiabá, sendo até afastado pelo presidente do clube, Cristiano Dresch. Em entrevista ao Podpah, nessa quinta-feira (13/12), o jogador explicou o ocorrido.
Segundo Deyverson, a intenção era permanecer no Cuiabá, mas o clube não aceitou um aumento salarial, e por isso as partes não chegaram a um acordo. Diante disso, o presidente Cristiano Dresch entendeu que ele faria ‘corpo mole’ e o colocou para treinar sozinho.
“Teve um momento que chegou o final do contrato. Você quer ficar com o jogador, conversa e resolve, o que fica bom para você e para mim. Eu falei que queria ficar no Cuiabá, renovar, eu gostei da cidade, as pessoas são calorosas”, iniciou.
“Ele queria me dar mais dois anos e meio, mas nas mesmas proporções. Eu falei, ‘fiz 12 gols’, o time estava caindo, fui bem, fiz gols nos dois anos. E nosso time era mais defensivo. Espera aí, vamos sentar, conversar e ver certinho. Mas ele não quis melhorar, quis dar o mesmo. Eu falei: ‘aí não’”, completou.
O afastamento no Cuiabá
O centroavante, então, teria garantido que atuaria sem problemas até o fim do contrato, mas Cristiano não viu dessa forma.
“Eu disse que ficaria até o final do contrato. Sou profissional, vou jogar, vou dar a vida. Não tem isso de não renovar e vou fazer corpo mole. Sou sujeito homem, vou sair daqui com as portas abertas. Mas ele achou que eu iria fazer corpo mole”, relembrou.
Com isso, Deyverson treinou afastado dos companheiros por cerca de 45 dias. “Ele mandou eu treinar separado. O cara me fez penar um mês e meio, sozinho, separado de todo mundo. Eu ficava correndo, só físico no sol de 40 (graus). Mas eu chegava lá feliz e sorrindo, acho que isso gerou raiva.”
O No Ataque procurou Cristiano, presidente do Cuiabá, que não quis comentar as declarações. Na época, o dirigente afirmou: “Nesse momento, precisamos de jogadores comprometidos com o clube, independente de estarem participando ou não efetivamente dos jogos”.
Saída do Cuiabá para o Atlético
Deyverson deixou o Cuiabá com 33 gols e nove assistências em 83 jogos. Ele foi comprado pelo Atlético por R$ 4,5 milhões em agosto deste ano e já contribuiu com seis gols e duas assistências em 23 partidas.
