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Atlético ainda tem R$ 154 milhões a receber em aportes da SAF

FIGA não conseguiu levantar montante previsto no começo da SAF, enquanto Daniel Vorcaro tem parcelas atrasadas
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O Atlético ainda tem valores a receber em aportes da Sociedade Anônima de Futebol (SAF). O Figa (Fundo de Investimento do Galo) e o FIP Galo Forte – comandado pelo banqueiro Daniel Vorcaro – têm R$ 154 milhões a pagar para o clube.

A Galo Holding adquiriu, em novembro de 2023, 75% das ações da SAF do Atlético por um aporte de R$ 913 milhões. Do montante total, R$ 313 milhões eram referentes à quitação da dívida do clube com os empresários Rubens Menin, Rafael Menin e Ricardo Guimarães. 

O aporte direto de cerca de R$ 500 milhões foi dividido da seguinte maneira: R$ 400 milhões por meio da 2R Holding (Rubens e Rafael Menin) e R$ 100 milhões por meio do FIP (fundo de investimentos chefiado pelo banqueiro Daniel Vorcaro).

O planejamento do clube era conseguir investidores para completar os R$ 100 milhões via Figa, mas isso não foi possível. Até o momento, entraram apenas R$ 6 milhões por esse fundo.

O acordo prevê que a SAF tem até o fim de 2026 para levantar os R$ 100 milhões. Caso não consiga, um dos acionistas precisará realizar o aporte de R$ 94 milhões – valor que não deverá ter correção monetária, conforme relatou uma fonte do clube. A tendência, caso isso ocorra, é que Rubens Menin faça esse investimento.

FIP Galo Forte

Já o FIP Galo Forte teve o aporte de mais de R$ 200 milhões aprovado em fevereiro do ano passado. Esse montante deveria ter sido pago de forma parcelada até o fim de 2024, o que não ocorreu.

Vorcaro quitou uma parte – R$ 140 milhões – e está em débito com o clube. Ainda assim, a SAF não deverá cobrar juros ou correção monetária. 

O aporte prometido pelo Galo Forte FIP aumentou o percentual acionário de Daniel Vorcaro na SAF do Atlético, saindo de 8,2% para 20,2%. Nos últimos meses, o banqueiro se envolveu mais nas decisões relacionadas ao futebol do Galo.

Valores que saíram e entraram no Atlético desde 2019 - (foto: Divulgação/Atlético)
Valores que saíram e entraram no Atlético desde 2019(foto: Divulgação/Atlético)

Valores fazem falta ao Atlético

Os mais de R$ 150 milhões que não entraram ainda no caixa da SAF seriam importantes para o Atlético na “luta” contra os juros da dívida de R$ 1,4 bilhão. 

De 2023 para 2024, inclusive, os débitos aumentaram R$ 90 milhões – conforme revelado pelo CEO do Galo, Bruno Muzzi, na quarta-feira (8/1). 

Os primeiros aportes, por exemplo, ajudaram o clube a diminuir a dívida de R$ 2,1 bilhões para R$ 1,3 bilhão de 2023 para 2024. Agora, não há previsão para nova redução, e a SAF afirma que tentará ao menos controlar esse valor até 2029.

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