
A Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra) estimou, em 2023, que cerca de 2 milhões de brasileiros conviviam com a doença celíaca no país – a maioria com casos não diagnosticados. O zagueiro Lyanco, do Atlético, integra a estatística. Ele revelou lidar com a enfermidade nessa terça-feira (4/2), na zona mista do Mineirão, em Belo Horizonte.
A doença celíaca advém de uma inflamação provocada pela ingestão de glúten – proteína presente em cereais como trigo, centeio e cevada. Essa inflamação ocorre quando as células de defesa imunológica agridem células do organismo.
Esse processo se dá na parede interna do intestino delgado, ocasionando a atrofia das vilosidades intestinais. A consequência é a diminuição da absorção dos nutrientes, com sintomas como o desconforto abdominal, sensação de estufamento, diarreia, dores de cabeça e até irritabilidade.
Na prática, pessoas celíacas são intolerantes ao glúten. É o caso de Lyanco, que convive com restrições alimentares importantes no dia a dia – mas que também se vê parcialmente favorecido por essa condição.
“Eu sou celíaco. Então, tipo, essas besteiras, pizza, hambúrguer, essas paradas, até macarrão, assim… Como sem glúten. Essas coisas acabam me ajudando, porque eu não posso comer as besteiras que às vezes dá vontade (risos). Acabo tendo que controlar, obrigatoriamente, e isso me ajuda também a me cuidar. Sempre quando chega num restaurante e eu já vejo que é bonito o prato, eu falo: ‘Já estou fora, porque não é para mim’. Já sei já (risos).”
Lyanco, zagueiro do Atlético
Lyanco no Atlético
Lyanco é zagueiro do Atlético desde o último 5 de julho, quando foi comprado pelo clube mineiro junto ao Southampton-ING. A operação pode chegar aos R$ 29,9 milhões conforme cláusulas estabelecidas em contrato.
Com atuações seguras e entrega dentro das quatro linhas, o atleta sérvio-brasileiro rapidamente caiu nas graças da torcida do Galo. Já são 27 jogos com a camisa preta e branca, ainda sem títulos durante a parceria.