
O presidente do Atlético, Sérgio Coelho, explicou a decisão de deixar o futebol do clube, que agora é gerido pelo CSO (chefe de esportes) Paulo Bracks. O dirigente revelou que comunicou a decisão aos donos da SAF alvinegra com antecedência e garantiu a harmonia no trabalho entre a instituição e os 4Rs – Rubens e Rafael Menin; Renato Salvador e Ricardo Guimarães.
“Em abril do ano passado, eu procurei os 4Rs e avisei a eles que deixaria o futebol do Galo no fim do ano. Acho que precisamos ter um profissional específico para cuidar do futebol profissional, da base e do futebol feminino do Galo. Esse trabalho é realizado pela SAF e não pela associação. A gente precisa ter esse rompimento”, iniciou Coelho, em vídeo publicado nesta sexta-feira (7/2) no canal oficial do Atlético no YouTube.
“Continuo como presidente do Galo e membro do conselho de administração da SAF. A gente trabalha em harmonia. Vamos continuar até o fim do meu mandato, que termina no final de 2026”, acrescentou.
Sérgio Coelho ainda defendeu os 4Rs das críticas e apontou as vantagens do modelo de SAF implementada no Atlético.
“O Galo fez a melhor SAF entre os grandes clubes do futebol brasileiro. Fizemos a SAF para compradores que são atleticanos apaixonados; os compradores são pessoas conhecidas e que têm capacidade financeira; somos o único clube que ficou com 25% das ações; e a associação ficou com zero de dívida e sem R$ 1 no passivo. Não há argumento que venha contradizer o que eu estou dizendo”, afirmou.
“Falar que os 4Rs compraram o Galo barato e endividaram é uma falácia. Se você quer comprar ações da SAF, venha e coloque o seu dinheiro na mesa, desde que você comprove sua capacidade financeira. Você vai comprar no mesmo valor que os 4Rs compraram. Não terá juros ou correção monetária. Isso prova que não houve maldade, interesse financeiro ou negociação que prejudicasse o Galo”, concluiu.
Dívida do Atlético
A dívida líquida do Atlético em 2024 aumentou R$ 90 milhões em relação a 2023, conforme revelado pelo CEO Bruno Muzzi no dia 8 de janeiro deste ano. O montante, que era de R$ 1,310 bilhão em dezembro de 2023, passou para R$ 1,4 bilhão em 2024.
Na apresentação de Muzzi aos jornalistas, o perfil da dívida líquida foi dividido em quatro – empréstimos bancários, Arena MRV, Profut e Perse e “contas a pagar” (nessa última, entram os custos de compra de jogadores parcelados).
Esse aumento se deve, principalmente, pelo investimento do clube na compra parcelada de jogadores no meio do ano passado. Essa quantia entra como “contas a pagar”, que teve um aumento R$ 93 milhões.
A dívida bancária do clube também aumentou em R$ 42 milhões, passando de R$ 465 milhões para R$ 507 milhões. Por outro lado, o valor a ser pago pela Arena MRV diminuiu em R$ 76 milhões.
Os números, no entanto, ainda não foram auditados e estão sujeitos a sofrer pequenas mudanças, que podem diminuir ou aumentar ligeiramente o valor de 1,4 bilhão.
- Contas a pagar – aumentou de R$ 36 milhões (2023) para R$ 129 milhões (2024)
- Dívida bancária – aumentou de R$ 465 milhões (2023) para R$ 507 milhões (2024)
- Dívida Arena MRV – diminuiu de R$ 486 milhões (2023) para 410 milhões (2024)
- Dívida Profut e Perse – R$ 232 milhões (2023) para R$ 254 milhões (2024)