Um dos maiores ídolos do Atlético em campo, Victor trabalha para escrever o nome na história do clube também fora das quatro linhas. Há exatamente um ano, em 17 de fevereiro de 2024, o ex-goleiro deu um passo neste sentido e assumiu o cargo de diretor de futebol como sucessor de Rodrigo Caetano, que foi contratado como diretor de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Nesta segunda-feira (17/2), Victor fez um balanço dos primeiros 365 dias na função. Em contato com o No Ataque, ele analisou o papel no cargo, as mudanças no elenco, as críticas sofridas, entre outros assuntos.
“Foi um período muito intenso, o que era de se esperar. A função de diretor de futebol é muito complexa e vai além das contratações. Creio que pude desempenhar bem as tarefas diárias, sobretudo na manutenção de um ambiente saudável e com alto grau de excelência”, resumiu.
Mudanças no elenco e as críticas
O lado da função mais visto pelo torcedor são as mudanças no elenco. Ainda que não seja o dono da palavra final, Victor é um dos responsáveis pelas contratações, vendas e renovações no Atlético.
Neste sentido, o executivo fez parte das negociações para as chegadas de 13 atletas, enquanto sete foram vendidos. Com o ex-goleiro como diretor de futebol, o clube gastou cerca de R$ 224 milhões (sem considerar luvas) e arrecadou aproximadamente R$ 150 milhões.
“Em relação ao elenco, tivemos que lidar com situações emergenciais, ao mesmo tempo em que necessitamos sempre respeitar os processos do clube e a responsabilidade com o orçamento. A busca sempre é pela assertividade, pelo equilíbrio técnico e financeiro”, analisou.
Contratações do Atlético com Victor*
- Palacios (atacante)
- Lyanco (zagueiro)
- Junior Alonso (zagueiro)
- Fausto Vera (volante)
- Deyverson (atacante)
- Robert (meia)
- Bruno Fuchs (zagueiro)
- Gabriel Menino (volante)
- Patrick Silva (volante)
- Natanael (lateral-direito
- Júnior Santos (atacante)
- Cuello (atacante)
- Rony (atacante)
*Apenas chegadas em definitivo
Vendas do Atlético com Victor
- Patrick (meia): Santos
- Jemerson (zagueiro): Grêmio
- Felipe Felício (atacante): Panionios (Grécia)
- Paulinho (atacante): Palmeiras
- Zaracho (meia): Racing-ARG
- Battaglia (zagueiro): Boca Juniors-ARG
- Mauricio Lemos (zagueiro): Vasco
Renovações de contrato com Victor
- Hulk (atacante): 12/2026
- Cadu (atacante): 12/2027
- Everson (goleiro): 12/2027
- Matheus Mendes (goleiro): 12/2027
As críticas ao trabalho
Durante esse período, Victor ficou sujeito, também, às críticas por parte da torcida. O momento mais “conturbado” ocorreu no meio do ano passado, quando o Atlético sofreu com muitos desfalques e tinha poucas peças para reposição.
“Outro aspecto é saber lidar com as críticas e cobranças. Aprendi muito ao longo da minha carreira como atleta a respeitar as opiniões e entender que, muitas vezes, os julgamentos são passionais. Mas levo em consideração todas as que são feitas de maneira construtiva, no intuito de ajudar a crescer e a melhorar”, comentou.
Os aprendizados de Victor
Victor recebeu um “reforço” nos bastidores há pouco tempo, com a chegada de Paulo Bracks como Chief Sports Officer (CSO) do Atlético. O diretor de futebol também destacou o aprendizado com o novo companheiro de trabalho, citou Rodrigo Caetano e projetou a melhora na função.
“Também aprendi com as pessoas com as quais trabalhei e trabalho aqui no Atlético. Um bom ambiente de trabalho, onde a confiança pontua as ações, é fundamental. Tenho o apoio e a confiança dos gestores. Pude acompanhar e aprender muito com o Rodrigo Caetano, uma referência nessa área, e hoje tenho a oportunidade de trabalhar com o Paulo Bracks”, disse.
“Isso tudo contribui para que eu cresça como profissional, como gestor, como pessoa. Vou sempre buscar aprimorar e fazer o melhor pelo clube que eu tanto amo e respeito”, finalizou Victor.