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Atlético explica por que aceitou pedido de Cuca para contratar Vitor Hugo

Zagueiro de 33 anos atuou em poucos jogos ao longo de 2024, mas foi aprovado pelo CIGA e contratado por empréstimo pelo Galo

O zagueiro Vitor Hugo atuou em apenas 11 jogos em 2024, mas ainda assim goza de prestígio com o técnico Cuca, que pediu a contratação do jogador ao Atlético. Mesmo sem uma longa sequência como titular, o defensor foi aprovado pelo Centro de Informação do Galo (CIGA) e assinou contrato de empréstimo de um ano

Segundo Rodrigo Weber, gerente de mercado do clube, a influência do treinador teve peso na análise, mas o departamento avaliou outros pontos antes de a diretoria avançar nas negociações com o Bahia.

Em encontro com jornalistas na Cidade do Galo, nessa quarta-feira (19/3), o profissional explicou que o Atlético teve acesso aos dados físicos e de treino do jogador, pedidos junto ao clube baiano.

Os números eram positivos, e Vitor Hugo estava em um nível aceitável na concepção do CIGA. Além disso, o departamento identificou que o período sem muitas atuações é exceção na carreira do zagueiro. 

Desta forma, o Atlético deu prosseguimento nas conversas com o Esquadrão de Aço e conseguiu até uma composição salarial com o clube baiano. O CIGA entende que o reforço do Galo ainda pode performar bem em 2025 – e por isso sugeriu à diretoria o tempo de contrato de um ano.

A duração do vínculo também está associada à possível integração do zagueiro Renan ao profissional no início de 2026. O jovem de 20 anos é visto como um ativo de potencial pelo clube, mas ainda integra o sub-20.  

Por que Cuca pediu Vitor Hugo?

Ainda assim, é fato que Cuca teve grande influência na análise geral de Vitor Hugo. O treinador o recomendou por já terem trabalhado juntos no Palmeiras, em 2016, e pôde trazer pontos mais pessoais, como o “profissionalismo” por parte do atleta.

Além disso, o técnico entendia que era necessário ter mais um zagueiro canhoto no elenco, principalmente para suprir as eventuais ausências do titular Junior Alonso. Além da dupla, o Galo conta com Lyanco, Igor Rabello, Rômulo e Iván Román para a posição.

“Quanto ao Vitor Hugo: nós temos uma carência de mais um zagueiro no elenco e, principalmente, pelo lado esquerdo. Daqui a pouco, a gente perde o Alonso. Ele vai servir à Seleção Paraguaia. E o Vitor Hugo vem para isso, né. Foram tentados outros jogadores e, hoje, o mercado está muito acima do normal. Nós temos um orçamento para trabalhar e estamos trabalhando dentro desse orçamento”, explicou Cuca.

“O Vitor Hugo, além de ser um jogador de minha confiança, é um jogador que vem com custo zero. E é difícil você encontrar um jogador responsável como ele e bom jogador, que vai suprir a carência de outros quando eles saírem. Eu acho que também a gente fica bem representado na zaga com a chegada dele”, acrescentou o treinador paranaense em entrevista concedida após a goleada sobre o Manaus (4 a 1), pela terceira fase da Copa do Brasil.

A carreira de Vitor Hugo

Vitor Hugo tem 33 anos e foi revelado pelo Santo André em 2010. Passou por Sport, Ituano e Ceará antes de chegar ao América, onde ganhou projeção nacional nas temporadas de 2013 e 2014.  

Pelo Coelho, disputou 73 jogos e marcou seis gols. Com o destaque no time mineiro, foi comprado pelo Palmeiras em 2015 e ajudou o time a conquistar a Copa do Brasil em 2015, além do Campeonato Brasileiro em 2016. 

O zagueiro defendeu a Fiorentina em 55 jogos nas duas temporadas seguintes antes de retornar ao Verdão, em 2019. A segunda passagem não foi de tanto sucesso, e Vitor Hugo deixou a equipe com apenas 30 partidas em dois anos. 

Ele deu a volta por cima no Trabzonspor, da Turquia, com 99 jogos e nove gols marcados. Com Vitor Hugo como titular, o clube conquistou um Campeonato Turco e duas Supertaças da Turquia. 

O zagueiro retornou ao futebol brasileiro em 2023, para defender o Bahia. Na primeira temporada pelo clube, atuou em 29 jogos e marcou um gol. 

Sem espaço no Esquadrão de Aço, foi emprestado ao Panathinaikos, da Grécia, no ano passado. Por lá, participou de 10 jogos e retornou ao clube baiano antes de ser novamente emprestado, desta vez ao Atlético.

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