Sócio-majoritário do Atlético, Rubens Menin explicou a decisão do clube de vender o atacante Savinho ao Grupo City, em participação no GaloCast, publicado nesta terça-feira (25/3).
O clube mineiro recebeu R$ 35,6 milhões para liberar o jogador em 2022. Ele deixou o clube com 17 anos, após disputar 35 partidas, com dois gols e uma assistência.
Segundo Rubens Menin, os gestores do Atlético já sabiam da capacidade técnica de Savinho. No entanto, a diretoria entendeu que a venda era necessária devido à situação financeira, que na época lidava com uma dívida de mais de R$ 2 bilhões (atualmente é de R$ 1,4 bi).
“O Savinho foi um cara que foi feita uma programação bacana. Infelizmente tivemos que liberar o Savinho, todo mundo sabia que ele era craque, não foi surpresa para ninguém. Apareceu a chance do Manchester City, que levou para aquele time deles (PSV-HOL emprestado pelo Troyes-FRA)”, explicou Rubens.
“Podia (ter mais minutagem). O Savinho já tinha jogado o final do campeonato, estava mais pronto que o Alisson, mas ali a parte financeira foi pesada. Era mais importante. O Atlético estava precisando daquele dinheiro”, prosseguiu.
Falta de minutagem também pesou
Rubens Menin também entende que a venda foi em um momento propício para a evolução de Savinho, que tinha pouco espaço no Atlético. Ele comparou a situação do atacante a de Vinicius Junior, do Real Madrid.
“Nós temos que ter capacidade de reter essa meninada. Vou dar o exemplo da Savinho, o próprio Vini Jr. Talvez, infelizmente, se eles tivessem ficado no Brasil naquela época, eles não teriam chegado onde chegaram”, pontuou.
“O ambiente é muito competitivo, você vê jogos da Champions, Premier League, é barra pesada. Estamos melhorando, mas se nosso campeonato não crescer não melhoramos o jogador, e aí ele não cresce no Brasil igual cresce na Europa”, finalizou.
Savinho ‘explodiu na Europa’
Savinho teve uma primeira temporada discreta na Europa ao ser emprestado para o PSV, da Holanda, mas ‘explodiu’ de vez em 2023/2024, pelo Girona. No clube espanhol, marcou 11 gols e deu 10 assistências em 41 jogos antes de defender o City.
Na Inglaterra, são dois tentos e nove passes para companheiros marcarem em 38 partidas. O bom desempenho no futebol europeu rendeu convocações da Seleção Brasileira, pela qual tem 12 jogos, com um gol e duas assistências.
