A transferência de Deyverson para o Fortaleza acendeu um alerta no representante da torcida do Atlético na bancada democrática do programa Alterosa Esporte, da TV Alterosa. Para o jornalista e influencer Fael Lima, a saída do atacante expõe um risco real para o Galo na sequência da temporada.
Na análise do comentarista, o Atlético pode enfrentar dificuldades semelhantes às de 2024, quando a falta de boas opções no banco de reservas comprometeu as campanhas nas finais da Copa do Brasil e da Libertadores e também no Campeonato Brasileiro.
“O que mais importa neste momento com a saída do Deyverson é a reposição. O Atlético precisa repor e com urgência ou então assume que está entrando no Campeonato Brasileiro para ficar numa faixa intermediária, talvez classificar para a Libertadores, e não vai ter elenco para disputar a Copa do Brasil e a Sul-Americana”, iniciou Fael, no Alterosa Esporte desta sexta-feira (28/3).
“Vai ser uma saída precoce… É questão de tempo porque vai entrar no mesmo problema do ano passado”, disparou.
‘Mesmo problema do ano passado’
A preocupação do comentarista remete às críticas que a diretoria enfrentou em 2024. No ano passado, a equipe perdeu as finais da Copa do Brasil para o Flamengo e da Libertadores para o Botafogo. A falta de peças de reposição no elenco foi apontada como um dos principais fatores para os insucessos e a luta contra o risco de rebaixamento na Série A. Agora, com a saída de Deyverson, Fael teme que a história se repita.
A possível venda de Deyverson ganhou força após a declaração do próprio jogador, ainda em fevereiro, logo após a conquista do Campeonato Mineiro. Na ocasião, ele afirmou que a palavra final sobre seu futuro seria da esposa, Karina Alexandre. O diretor de futebol do Atlético, Victor Bagy, chegou a afirmar que o clube tinha interesse em mantê-lo. No entanto, o desejo do jogador e a proposta do Fortaleza pesaram na decisão.
Agora, o Atlético precisa agir no mercado para evitar que as lacunas no elenco comprometam a temporada. Fael fez questão de reforçar o impacto que isso pode causar na competitividade da equipe ao longo do ano.
“Ele [Deyverson] conquista até parte de torcedores que não torcem pelo Galo e conquista o vestiário. Ele posta vídeo de bastidores no vestiário e você vê que é um cara que joga a equipe para cima”, constatou. “Era um cara que tem característica única no elenco. O Cuca gosta de variar entre jogadores de força, velocidade, criação e um cara de área”, completou.
‘Sinuca de bico’ para a diretoria
Apesar de lamentar a perda de Deyverson, o integrante da bancada democrática destacou que a decisão da diretoria de não renovar com o atacante foi uma “sinuca de bico”, pois alguns torcedores reclamariam independentemente do caminho escolhido pelo Galo em relação ao jogador.
Deyverson, de 33 anos, tinha contrato com o Atlético até o fim de 2025, mas recebeu uma proposta do Fortaleza com vínculo até dezembro de 2026, além de uma opção de renovação por mais um ano.
“Mas pela idade do Deyverson, o mesmo torcedor que pede a prorrogação do contrato, se a diretoria desse esse contrato de três anos com o alto valor oferecido pelo Fortaleza, esse mesmo torcedor daqui a três anos vai dizer que a diretoria não soube planejar o elenco e que não poderia ter arrastado um contrato tanto assim com o Deyverson. Então, o dirigente realmente fica numa situação de sinuca de bico”, analisou.