
Multicampeão como atleta de futebol, Rony valoriza o presente por já ter vivido dias de dificuldade no interior do Pará. Ao relembrar a infância, o atacante do Atlético lamenta a luta contra um inimigo que segue assolando as vidas de milhões de pessoas no Brasil: “Minha maior guerra foi a fome”.
Nascido em Magalhães Barata, município localizado a 163 quilômetros de Belém, Rony trilhou trajetória de superação para se transformar em jogador de futebol. Além dos obstáculos inerentes à profissão, o atleta teve de superar os desafios impostos pela pobreza.
“A minha maior dificuldade, em termos de vida, foi ter passado fome. O meu interior é um dos interiores mais pobres. Uma das mais carentes da época era a primeira vila de Magalhães Barata, no Pará. Nós éramos uma das famílias mais carentes – com menos recursos. Não tinha roça… Depois que a minha vó faleceu, e a gente morava com ela, a gente não tinha muito recurso”, contou o atacante em entrevista à GaloTV H2bet.
“Então, eu falo que a minha maior guerra foi a fome. É muito difícil. Eu era bem criança, tinha oito, nove, dez anos, e você não ter o que comer é muito difícil. Não tive nada de infância: brinquedo, essas coisas assim. Eu dou tudo para o meu filho hoje, porque eu não tive na infância. Agradeço muito a Deus por ter me proporcionado tudo isso e por eu estar proporcionando isso aos meus filhos”, acrescentou.
Rony no Atlético
Contratado pelo Atlético junto ao Palmeiras por cerca de R$ 36 milhões, em fevereiro, Rony vive bom início com a camisa preta e branca. O atacante já marcou seis gols nos dez primeiros jogos pelo Galo e conquistou o Campeonato Mineiro de 2025.
O paraense busca repetir o sucesso que alcançou no Verdão. Com 70 gols e 32 assistências em 284 partidas pelo clube, Rony conquistou uma Copa do Brasil (2020), duas Copas Libertadores (2020 e 2021), uma Recopa Sul-Americana (2022), dois Campeonatos Brasileiros (2022 e 2023), uma Supercopa do Brasil (2023) e quatro Campeonatos Paulistas (2020, 2022, 2023 e 2024) representando o time alviverde.