O Atlético cancelou a coletiva que seria realizada nesta quarta-feira (14/5) sobre as finanças do clube. Segundo a assessoria de comunicação, o balanço da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) será divulgado na sexta-feira, e, com isso, a realização da entrevista não será mais necessária.
Os jornalistas já haviam realizado o credenciamento para o evento. Bruno Muzzi, CEO do clube, e Paulo Bracks, CSO, iriam responder questionamentos sobre o aspecto monetário da SAF na Sede de Lourdes, a partir das 9h30.
O Atlético, no entanto, optou por divulgar a demonstração financeira. “Diante da publicação dos dados de forma oficial e transparente, entendemos que a realização da entrevista coletiva não será mais necessária”.
A última vez em que Muzzi conversou com a imprensa sobre as finanças do Atlético ocorreu em 8 de janeiro deste ano. Na oportunidade, foi divulgado que a dívida da SAF aumentou de R$ 1,310 bilhão em 2023 para R$ 1,4 bilhão em 2024. De toda forma, esse valor ainda não havia sido auditado.
Leia a nota do Atlético
“O Clube Atlético Mineiro informa que, em razão da não consolidação dos números referentes à demonstração financeira da SAF, havia agendado uma entrevista coletiva para esta quarta-feira (14), às 9h30, com o objetivo de apresentar e esclarecer os dados à imprensa.
Contudo, a consolidação completa dos números será disponibilizada nesta sexta-feira (16), por meio do Portal da Transparência do Clube, ficando acessível a todos os veículos de comunicação e à torcida.
Diante da publicação dos dados de forma oficial e transparente, entendemos que a realização da entrevista coletiva não será mais necessária.
Agradecemos a compreensão de todos.”
A situação financeira do Atlético
O Atlético luta contra os altos juros para reduzir a dívida. No ano passado, por exemplo, o débito bancário aumentou em R$ 42 milhões, passando de R$ 465 milhões para R$ 507 milhões.
Mas o aumento geral se deve, principalmente, pelo investimento do clube na compra parcelada de jogadores no meio do ano passado. Essa quantia entra como “contas a pagar”, que teve um acréscimo de R$ 93 milhões.
Na apresentação de Muzzi aos jornalistas, o perfil da dívida líquida foi dividido em quatro – empréstimos bancários, Arena MRV, Profut e Perse e “contas a pagar” (nessa última, entram os custos de compra de jogadores parcelados).