O lateral-esquerdo Guilherme Arana e o volante Gabriel Menino tiveram que ser substituídos no primeiro jogo após retornarem de lesões no Atlético. Mas o que eles sentiram? O clube apressou o retorno deles e do volante Alan Franco? Entenda, a seguir, a situação de cada um deles após o empate por 0 a 0 com o Cruzeiro, nesse domingo, no Mineirão.
Arana deixou o campo aos 18 minutos para a entrada justamente de Menino, que por sua vez deixou o campo aos 29 minutos do segundo tempo.
O lateral sentiu lesão na mesma região que tratava antes de voltar: na posterior da coxa direita. Já o meio-campista foi substituído devido a um pisão no tornozelo direito, sem ligação com a lesão que o tirou dos gramados nos últimos jogos.
Franco, por sua vez, atuou ao longo dos 90 minutos. O equatoriano ficou de fora do jogo passado do Atlético devido a um desconforto no joelho direito – mesmo local em que sofreu uma lesão em abril.
Cuca assume responsabilidade
Ao ser perguntado sobre a condição do trio, o técnico Cuca assumiu a responsabilidade pelo retorno deles. Ele admitiu que os atletas não estavam com ritmo de jogo ideal e até uma preocupação do Franco, mas explicou a situação de cada um deles.
“A gente pela necessidade puxou os meninos para jogar.” A responsabilidade é minha quando faço isso, não é do DM, nem de ninguém. O Gabriel Menino saiu não foi pela lesão dele. Levou um pisão no tendão. O Arana sentiu um desconforto, mas não agravou a lesão. E o Franco teve um momento que eu fiquei preocupado, mas dali a pouco ele firmou. Esses jogadores não estão com o ritmo de jogo ideal”, afirmou.
Arana descarta pressa do Atlético
Arana, por sua vez, minimizou a preocupação dos torcedores. Ele disse que sentiu apenas um desconforto e pediu para ser substituído por precaução.
“Foi no mesmo lugar, já estava conversando durante a semana, mas sabíamos da importância de vir aqui, tentar jogar e ajudar. Mas dessa vez meu corpo avisou, minhas posterior, meio que ‘para porque se continuar pode acontecer o pior’. Senti o desconforto, rapidamente o pessoal já estava de olho, todo mundo bem alinhado, todos sabendo da situação, e eu optei por sair”, afirmou, em entrevista na zona mista.
O lateral também seguiu uma linha um pouco diferente em relação ao que Cuca disse. O jogador afirmou que pediu para jogar e descartou um retorno apressado por parte do Atlético.
“Acho que não foi apressado. Minha evolução foi muito boa, estava fazendo todos os treinamentos, parte física com o grupo, mas sabemos que jogo é diferente, envolve muitas coisas. Mas temos uma equipe médica e fisioterapeutas de alta qualidade”, comentou.
“E eu mesmo, o jogador se sente bem, eu vinha treinando, estava correndo com meus companheiros, fazendo todos os trabalhos. Eu mesmo cheguei e pedi para jogar. Mas é uma lesão complicada, a gente sabe que voltar, a tendência é de você sentir algo muito grande. Foi isso que aconteceu. Todo mundo tem essa responsabilidade, e eu optei por jogar. Mas não foi algo que é de se preocupar”, finalizou.
Outro desfalque durante a partida
Cuca ainda teve que lidar com outro desfalque ao longo do clássico: o meia Igor Gomes. O atleta sentiu uma virose ao longo da semana e não estava se sentindo bem, o que pesou na decisão do técnico de tirar o jogador no intervalo.
“Teve mais marcação mais forte. A gente estava perdendo muito o meio campo no primeiro tempo. Mas o Igor Gomes, além da parte técnica – pela qual a gente entendia que ele tinha que sair -, ele estava debilitado. Teve uma virose, não treinou sábado. Estava no meio tempo ruim também”, afirmou.
O Atlético terá pouco tempo para recuperar os jogadores. O time volta a campo na quarta-feira, às 21h30, quando enfrentará o Maringá na Arena MRV, pela volta da terceira fase da Copa do Brasil. As equipes empataram por 2 a 2 na ida.