NO ATAQUE COM LYANCO

Lyanco diz como ajuda Hulk no Atlético: ‘Precisa de um maluco do lado’

Em entrevista ao No Ataque, zagueiro citou o atacante como um exemplo a ser seguido dentro e fora de campo

Vice-capitão do Atlético, o zagueiro Lyanco só está atrás do atacante Hulk na lista de líderes do elenco. E é justamente neste cenário que o defensor tenta ajudar o ídolo do Galo.

Em entrevista ao No Ataque, Lyanco detalhou a relação com o camisa 7 no dia a dia e como o jogador é uma inspiração no futebol. 

“Quando você vê o dia a dia do cara, é uma coisa que te inspira muito. Que vira realmente um exemplo para você. Pega esse exemplo quem quer, quem é um cara inteligente, quem é um cara que realmente quer alguma coisa, um objetivo desse nível dentro de um clube. O cara tem que ser esperto de pegar essas senhas, essa chavinha que ele te dá”, comentou o zagueiro.

“Às vezes, o cara nem precisa falar muito com você. Mas você vê o que ele faz. Acompanhar… Você também vai crescer de alguma forma. E eu sou esse cara. Consigo ver e entender a forma que ele faz, a forma que ele é, como ele é em um vestiário”, prosseguiu.

Apesar da admiração, o camisa 4 do Atlético brinca sobre a relação com Hulk. Aos 28 anos, ele vislumbra muito mais ajudar o atacante do que só aprender.  

“É lógico que não sou mais aquele menininho de 18, que olha para ele com um olhar de ‘Oh, estou aqui com ele’. Sabe? Eu já passei dessa fase. Olho para ele mais como: ‘Estou com ele agora e ele precisa de ajuda também”, explicou.

Como Lyanco tenta ajudar Hulk na postura em campo?

Para Lyanco, um dos pontos principais neste sentido é ajuda em relação à postura dentro de campo, como nas cobranças à arbitragem e aos companheiros, e fora dele, como em entrevistas aos jornalistas. 

“Ele precisa de um cara do lado. Ele precisa de um maluco do lado, que vai estar ali e, se tiver que falar, gritar também… Que às vezes um cara como ele tem que botar muito a cara – não só em imprensa, em entrevistas, mas dentro do grupo mesmo”, opinou.

“Às vezes, você chega a ser aquele cara chato porque é sempre você que vai falar, sempre você que vai cobrar, que vai reclamar. Se tiver só um, é muito ruim, porque o cara fica marcado. Por mais que ele queira ajudar, fica marcado de uma certa forma ruim. Para aqueles caras, mais ranzinzas, mais chatos: ‘Pô, eu não aguento mais te ouvir, cara. Para, sai daqui’”, prosseguiu.

A ideia de Lyanco é preservar Hulk. Além disso, o zagueiro olha para o atacante como exemplo para conseguir ser ídolo do Atlético.

“Então, se você tem outra pessoa que pode fazer isso… E aí, foi o que eu tenho feito. Tenho tentado ser esse cara. Tenho tentado ser um cara que cobra também, que também dá a cara. O cara que também vai reclamar com o juiz. Hoje não é mais o Hulk o cara que toma cartão. Hoje sou eu (risos)”, disse. 

“Há seis, sete meses atrás, logo quando eu cheguei, era o Hulk. Teve que dar a faixa para o Arana porque ele reclamava e tomava cartão (risos). Eu já via isso. Então, falei: ‘Velho, vou chegar de uma forma que eu quero chegar mesmo’. Então, o Hulk está sendo um exemplo para mim. Não só de palavras, mas do que ele é, do que ele representa no clube. É isso que eu quero ser”, completou.

Inspiração fora de campo

Por fim, Lyanco também elogiou a postura de Hulk em tópicos que não estão relacionados ao futebol, como na ajuda a pessoas.

“Você ter um cara desses do seu lado é muito importante. Não só como profissional, mas como pessoa também. Ele é top demais, velho. É um cara que ajuda muito. Não a gente assim, mas eu digo pessoas. Um cara que está aberto a ajudar pessoas. Eu sou assim, esse é meu jeito, minha esposa também”, disse. 

“A gente quer estar no meio das pessoas que precisam, das pessoas que pedem ajuda. E o Hulk eu vejo assim. Eu tento seguir esse exemplo e fazer o que ele é para realmente chegar de uma certa grandeza de representar um clube como é o Galo”, prosseguiu.

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