Antes da pausa do futebol nacional para a disputa do Super Mundial de Clubes, o técnico Cuca mostrou alinhamento com a gestão da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Atlético. Nessa quinta-feira (12/6), após vitória sobre o Internacional (2 a 0) na Arena MRV, em Belo Horizonte, o treinador paranaense valorizou o projeto do clube-empresa alvinegro e pediu compreensão da torcida em ano que tende a ser “menos farto” no aspecto financeiro, nas palavras do próprio profissional.
Em entrevista coletiva na Arena MRV, Cuca foi questionado sobre possibilidades de saída no elenco do Atlético – a pergunta do jornalista Thiago de Araújo abordava especificamente as situações do meio-campista Rubens e do atacante Tomás Cuello. Em resposta, Cuca foi enfático sobre os dois atletas e iniciou pronunciamento em defesa da SAF.
“Não tiram (o meu sono as possibilidades de saída), porque não vai sair, né? Se fosse para sair, tirava. É até bom que eu possa falar um pouquinho. Essa semana nós tivemos uma entrevista do nosso chefe, do presidente da SAF (Rafael Menin), em que ele foi bem franco, bem transparente. Ele expôs os problemas que o clube vive, falou que não vai onerar mais a dívida – ou seja, não vai gastar mais. Falando o nosso linguajar. E que a gente tem que ser autossustentável”, iniciou.
“Nós, profissionais, temos que entender isso. E é isso que eu queria: um projeto. Ele está aqui. E eu vou seguir esse projeto à risca! E eu vou tirar tudo o que eu posso desse elenco e mais um pouco. Porque agora a gente sabe que é isso. De repente, você consegue trazer algum jogador pela saída de algum que possa ter, sem ônus ou com ônus baixo. Para isso aí, estão o Victor e o Paulo Bracks para buscar isso. Agora, nesses dias, isso pode acontecer”, acrescentou.
Cuca define Arena MRV como “presente” da SAF do Atlético
A Arena MRV foi construída majoritariamente por meio da antecipação de receitas do futuro e da venda de patrimônio do Atlético, mas Cuca definiu o estádio alvinegro como um “presente” dado pelos gestores da SAF. Em seguida, o treinador paranaense assegurou que, mesmo com limitações de elenco, o Galo pode brigar por “grandes coisas” no Campeonato Brasileiro e nos mata-matas.
“O torcedor fica bravo, fica chateado, fica p*, né, que não contrata. Mas cara, nós temos um estádio que é a coisa mais linda do mundo. Quando é que a gente pensou que ia ter isso? Eu lembro lá em 11, 12, 13. Nós jogávamos no Horto. Alugávamos do América para jogar. Mineirão estava em reforma para a Copa. Pô, hoje é nosso aqui (risos). E a gente pode, com o tempo, ir se acostumando a nele ter grandes vantagens”, argumentou.
“Isso é um baita presente que esses caras (gestores da SAF) deram para nós. Então, se ele (Rafael Menin) está tentando fazer essa autosustentabilidade, cabe a nós seguir esse caminho. O torcedor entender que, de repente, esse ano não é um ano de fartura em cima do lado financeiro. Mas nós podemos, dentro do campo – fechados com eles, como a gente está -, buscar grandes coisas ainda no Campeonato Brasileiro e em alguma copa”, prosseguiu.
Programação do Atlético
Agora, os jogadores do Atlético terão 14 dias de férias na paralisação do futebol brasileiro para a disputa do Super Mundial de Clubes. O retorno às atividades na Cidade do Galo, em Vespasiano, acontecerá em 27 de junho (uma sexta-feira).
O próximo compromisso do Atlético está marcado para o fim de semana de 12 de julho, ainda com data e horário a serem confirmados. Na ocasião, o Galo medirá forças com o Bahia na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, em Salvador.
“A gente tem que também valorizar tudo o que a SAF fez pelo Atlético. Não são coisas ruins não, são coisas boas. No futuro… Você pode passar uma dificuldade esse ano, mas no ano que vem e o consequente, as coisas tendem a melhorar muito.”
Cuca, técnico do Atlético
