A torcida do Atlético teve um impacto de ao menos 19,7% na receita bruta do clube em 2024. Entre os R$ 674 milhões arrecadados, R$ 133 milhões vieram diretamente dos bolsos dos atleticanos.
O maior ganho do Galo neste aspecto foram os R$ 80 milhões com bilheteria. Já os planos de sócio-torcedor geraram cerca de R$ 32 milhões para os cofres do alvinegro.
“O crescimento em relação ao número de planos ativos na temporada foi de 60%. No início do ano, o GNV (Galo Na Veia) tinha cerca de 70 mil sócios, e chegou ao pico de quase 120 mil ao longo do calendário”, diz trecho do balanço financeiro do Atlético.
Em média, o Galo recebeu R$ 2,2 milhões com vendas de ingressos. O valor máximo chegou a R$ 10,4 milhões no jogo de volta da Copa do Brasil, contra o Flamengo. A média de público foi de 32.212.
Ainda no campo de receitas em dias de jogos, a Arena MRV gerou outros R$ 9 milhões com a venda de bebidas, alimentos e estacionamento.
Outras fontes de receitas para o Atlético
A torcida do Atlético também contribuiu na compra de 58 mil camisas do Manto da Massa de 2024, que colocaram mais R$ 11 milhões nas receitas do clube.
Com isso, os torcedores foram a terceira maior fonte de arrecadação do time na temporada passada. Só ficam à frente os ganhos com direitos de transmissão e premiações (R$ 248 milhões) e venda de atletas (R$ 183 milhões).
O Atlético ainda teve outras origens de rendas por meio do torcedor, como a venda de cadeiras cativas e camarotes na Arena MRV e de produtos oficiais, mas o balanço financeiro não detalha esses valores.
Receitas do Atlético em 2025
- Transmissões e premiações: R$ 248 milhões
- Venda de atletas: R$ 183 mihões
- Matchday (bilheteria + sócio-torcedor): R$ 113 milhões
- Comercial: R$ 71 milhões
- Arena MRV (cadeiras cativas, camarotes, naming rights e sector naming Rights, alimentos e bebidas nos jogos, tour e estacionamento): R$ 60 milhões
Comparação com outros clubes
Considerando apenas as receitas com matchday, a torcida do Atlético foi a quinta que mais contribuiu no futebol brasileiro em 2024, conforme levantamento do Relatório Convocados, elaborado pelo economista César Grafietti e patrocinado pela Galapagos Capital.
O Flamengo é o primeiro nessa lista, com R$ 166 milhões arrecadados. Corinthians, São Paulo e Palmeiras completam o top 5. Algo que ajudou os clubes foram as boas participações nas copas. O Galo, por exemplo, chegou às finais da Copa do Brasil e da Copa Libertadores, sendo vice em ambos os torneios.
“A ampla base de torcedores impulsiona tanto a bilheteria quanto os programas de sócio torcedor — com maior potencial de conversão em receita recorrente. Além do que, esses clubes disputaram as fases eliminatórias de competições nacionais e internacionais, o que elevou o número de jogos e permitiu maior valorização dos ingressos”, diz trecho do documento.
“Todos registraram taxa média de ocupação acima de 59,7% no Brasileirão 2024, evidenciando a correlação entre tamanho da torcida, taxa de ocupação no estádio e volume de receita gerada”, finaliza.
Projeção para 2025
O Atlético deve ter receita reduzida com matchday em 2025. Isso porque o clube ficou sem a Arena MRV por boa parte do primeiro semestre, devido à instalação do gramado sintético no estádio.
O Galo arrecadou R$ 18,1 milhões com a venda de ingressos em 17 jogos na temporada. Até esse domingo, 108 mil torcedores integravam o Galo Na Veia.