
O regulamento da Série A do Campeonato Brasileiro permite com que um atleta que tenha atuado em no máximo seis jogos por um clube possa defender outro clube em uma mesma edição da competição nacional. Diante do cenário, o No Ataque levanta o questionamento em meio à pausa do futebol para a Copa do Mundo de Clubes: quais jogadores do Atlético ainda não atuaram em sete partidas do Brasileirão?
A reportagem usou como referência o site oficial do Atlético, que aponta que o clube conta com 30 atletas à disposição no elenco profissional. Destes nomes, 15 ainda não completaram sete jogos no Campeonato Brasileiro e, em tese, poderiam defender outros times ainda em 2025 no torneio.
Naturalmente, cada situação deve ser analisada sob diferentes perspectivas. O atacante Dudu, por exemplo, fez apenas um jogo com a camisa preta e branca, mas certamente não deixará o clube mineiro por ter assinado contrato recentemente com o Galo.
O lateral-esquerdo Guilherme Arana, que tem somente quatro atuações pelo Brasileirão de 2025, é tido como um dos principais ativos do elenco alvinegro. Ainda assim, a maior tendência é de que o atleta só deixe o clube em caso de uma boa proposta de um time do exterior – as chances de trocar o Atlético por outra equipe do país são remotas.
Por outro lado, a regra também pode facilitar saídas. É o caso, por exemplo, do zagueiro Igor Rabello, que tem apenas três jogos na atual edição da Série A e pode receber ofertas de outros clubes brasileiros na janela de transferências que se abrirá em 10 de julho.
O que diz o regulamento do Campeonato Brasileiro?
O Artigo 12 do Capítulo 3 do Regulamento do Campeonato Brasileiro de 2025 aborda a regra para que um atleta defenda dois clubes em uma mesma edição da competição nacional. Conheça-o na imagem a seguir.

Os jogadores do Atlético que ainda não fizeram sete jogos pelo Brasileiro
- Saravia e João Marcelo: 6 cada
- Vitor Hugo e Caio Paulista: 5 cada
- Guilherme Arana*: 4
- Igor Rabello e Patrick Silva: 3 cada
- Rômulo e Ivan Román: 2 cada
- Dudu: 1
- Gabriel Delfim, Gabriel Átila, Robert, Cadu* e Caio Maia*: zero
*Atletas que se recuperam de lesões junto ao departamento médico do Atlético.
A maioria dos nomes citados acima tem menor importância no elenco gerido por Cuca em relação aos demais jogadores. São os casos dos jovens zagueiros Rômulo e Ivan Román, que têm sido preteridos pelo treinador paranaense neste ano.
Há ainda dois atletas emprestados por outros clubes ao Galo. O zagueiro Vitor Hugo foi cedido pelo Bahia, enquanto o lateral-esquerdo Caio Paulista tem vínculo com o Palmeiras.
A janela de transferências do Atlético
Em meio à grave situação financeira que vive, o Atlético tenta equilibrar as contas para permanecer competitivo no cenário nacional. Em oportunidades recentes, Bruno Muzzi, CEO do clube, reforçou a necessidade de vendas de jogadores na próxima janela de transferências.
O Galo quer, pela primeira vez nos últimos anos, fazer com que as receitas advindas das saídas de atletas tenham números semelhantes aos valores investidos em contratações para o futebol. A medida é crucial para que o clube cumpra o orçamento traçado para 2025.