ATLÉTICO

Atlético gastou mais do que recebeu entre compra e venda de atletas em 2025; veja valores

No Ataque traz saldo de momento do Galo e quanto o clube gastou e recebeu nas negociações de jogadores neste ano

Com dívida de R$ 1,4 bilhão, o Atlético quer fechar 2025 sem gastar mais do que recebeu na compra e venda de atletas. Para isso, o clube precisará se desfazer de pelo menos mais um jogador até o fim do ano.

Isso porque o Galo fez um investimento maior do que o arrecadado nesse quesito. Considerando que a venda do atacante Paulinho ao Palmeiras foi realizada em 2024, o alvinegro negociou sete atletas nesta temporada.

O que gerou maior valor para o Atlético foi o atacante Alisson, adquirido por cerca de R$ 76 milhões pelo Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Incluindo as outras negociações, o clube mineiro faturou R$ 120,4 milhões.

Por outro lado, a diretoria teve um custo de aproximadamente R$ 132,1 milhões nas contratações de cinco jogadores. O mais caro deles foi o atacante Júnior Santos, que se tornou a maior compra da história do clube ao custar R$ 43,2 milhões.

O levantamento não leva em consideração jogadores contratados por empréstimo ou livres no mercado, o gasto com luvas e renovações de contratos e valores recebidos por empréstimo.

Compras do Atlético em 2025

  • Natanael (lateral-direito): R$ 8.5 milhões pagos ao Coritiba
  • Júnior Santos (atacante): R$ 43,2 milhões pagos ao Botafogo
  • Cuello (atacante): R$ 30 milhões pagos ao Athletico-PR
  • Rony (atacante): R$ 36 milhões pagos ao Palmeiras
  • Iván Román (zagueiro): R$ 11,4 milhões pagos ao Palestino (CHI)
  • Total: R$ 132,1 milhões

Vendas do Atlético em 2025

  • Zaracho (meia): R$ 12 milhões recebidos do Racing-ARG
  • Battaglia (volante): R$ 9 milhões recebidos do Boca Juniors-ARG
  • Mauricio Lemos (zagueiro): R$ 3,1 milhões recebidos do Vasco
  • Otávio (volante): R$ 8,6 recebidos do Fluminense
  • Alisson (atacante): R$ 76 milhões recebidos do Shakhtar Donetsk-UCR 
  • Deyverson (atacante): R$ 6,7 milhões recebidos do Fortaleza
  • Bruninho (meia): R$ 5 milhões recebidos do Karpaty-UCR
  • Total: R$ 120,4 milhões

A necessidade de vendas do Atlético

CEO do Atlético, Bruno Muzzi já havia adiantado que o clube precisa realizar mais vendas em 2025. Em entrevista ao Sports Market Makers, em abril, o dirigente explicou a importância das negociações para as finanças do Galo.

“A gente pretende em 2025 que tudo aquilo que investimento na compra de atletas em 2025 nós precisamos vender. A venda do Paulinho foi contabilizada em 2024 e a do Alisson em 2025, mas tivemos outras pequenas vendas que vão se somando”, pontuou.

“Mas na segunda janela e na janela de final de ano ainda pretendemos fazer alguns movimentos para que a conta feche. Queremos chegar no final do ano com essa conta zerada. Ou seja, aquilo que eu comprei, aquilo que eu vendi. Eu preciso estar com essa conta zerada porque em 2025 eu tenho dois dos meus pilares praticamente equilibrados: o operacional e a conta de investimentos”, completou.

Bruno Muzzi, CEO do Atlético(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press)

Comparação com 2024

No ano passado, o Atlético gastou cerca de R$ 129,2 milhões na compra de direitos e recebeu aproximadamente R$ 153,2 milhões. Ou seja, teve um ganho de aproximadamente R$ 24 milhões.

O balanço financeiro do Galo, no entanto, aponta R$ 218 milhões na compra de atletas. Isso porque o clube também considera luvas e renovações nessa conta. Por outro lado, arrecadou R$ 183 milhões com vendas, incluindo também mecanismo de solidariedade. 

Essas são as receitas que realmente interessam ao Atlético. Nesse cenário, foram R$ 35 milhões em saldo negativo no ano passado, algo que precisará ser trabalho no restante de 2025.

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