Ex-Seleção Brasileira, o volante Fred trilha trajetória de sucesso no futebol europeu. Aos 32 anos, o meio-campista tem no Fenerbahçe-TUR a terceira experiência internacional da carreira, ostentando no currículo passagens por Shakhtar Donetsk-UCR e Manchester United-ING. Mas por que o jogador, que é torcedor do Atlético desde a infância, não defendeu o clube do coração como profissional?
Em entrevista ao programa Os Donos da Bola, da TV Band, Fred relembrou a despedida das categorias de base do Atlético. O ano era 2010, e o volante defendia o time sub-17 do Galo.
“Eu saí muito cedo, infelizmente. Eu sou de BH, minha família é daqui. Não queria ter saído, mas eu tive uma proposta muito boa do Internacional na época. Conversei com a diretoria do Atlético, porque eu queria ficar realmente. Minha família é daqui, meus amigos. Mas acabou que não conseguimos chegar em um acordo naquele momento. Eles não quiseram abrir mão de algumas coisas”, explicou.
“Enfim. Foi um movimento que eu e meu primeiro empresário fizemos. Tivemos essa movimentação para ir para o Internacional. Acabou que deu muito certo lá, fui muito feliz no Inter também. Um clube que abriu muito as portas para mim. Todos me receberam muito bem, um lugar maravilhoso. Acabou que deu certo lá”, prosseguiu.
Revelado pelo Internacional em 2012, Fred fez 55 jogos com a camisa do Colorado antes de partir para o futebol internacional. Ele contribuiu com oito gols e seis assistências no período até ser negociado por 15 milhões de euros com o Shakhtar Donetsk.
“Como todo mundo sabe, tenho um carinho enorme pelo Inter, mas sou atleticano, desde pequeno. Minha família é daqui. Não queria ter saído, mas são coisas do futebol. Tinha que olhar para o meu lado também, para a minha família, e foi algo que deu muito certo, graças a Deus”, reforçou.
Atlético ou Internacional: qual a prioridade de Fred no retorno ao Brasil?
Com contrato com o Fenerbahçe até junho de 2027, Fred pretende permanecer por, pelo menos, outros dois anos na Europa. Recentemente, o jogador teve conversas com a diretoria do Atlético, mas reforçou o desejo de seguir no Velho Continente.
Mas e em eventual retorno ao Brasil, qual seria a prioridade do jogador no mercado: Galo ou Internacional? Em resposta, o volante preferiu não cravar o futuro.
“Teria que parar para pensar (risos). São dois clubes que eu tenho um carinho enorme. Eu sou daqui, tenho um carinho muito enorme pelo Atlético, comecei aqui. Torcedor. É um sonho jogar na arena do Galo no futuro. Mas igual falei também: tenho um carinho enorme pelo Inter. Foi um clube que abriu muito as portas para mim. Me ajudaram em um momento difícil, em que eu tinha acabado de sair do Atlético”, iniciou.
“Fomos eu e minha mãe sozinhos para Porto Alegre, sem conhecer ninguém. Eles deram todo o suporte para nós. É um clube que eu realmente tenho uma gratidão enorme. Então, assim, tenho que conversar bastante com a minha família (risos), ver o melhor para nós. Deixo as portas dos dois clubes abertas, tenho um carinho enorme pelos dois, mas é uma coisa que temos que conversar, parar para ver”, encerrou Fred.
