MERCADO DA BOLA

Atlético buscará reforços, mas não deve ter elenco fechado antes de retorno aos jogos

Com outras prioridades na administração (como os pagamentos em atraso), Atlético pode aproveitar duração da janela para se reforçar

Mesmo que reconheça a necessidade de ajustes no elenco para o segundo semestre, a diretoria do Atlético não deve ter “tudo pronto” até 10 de julho – data da abertura da próxima janela de transferências no Brasil. Assim projetou Paulo Bracks, Chief Sports Officer (CSO), em encontro com jornalistas na Arena MRV, em Belo Horizonte, na última quarta-feira (25/6).

Durante o evento “Por Dentro do Galo”, Bracks apresentou as nuances do departamento de futebol alvinegro. O executivo do Atlético explicou as atribuições que assumiu no clube em janeiro e abriu detalhes da rotina que mescla idas à Cidade do Galo, em Vespasiano, e à Arena MRV.

Bracks tem diálogo constante com diretores de outras áreas no Atlético. Um dos contatos diários mais importantes é com Bruno Muzzi, CEO do clube, que municia o CSO “em tempo real” com informações acerca das limitações orçamentárias enfrentadas pelo Galo, que luta contra endividamento bilionário.

Como o Atlético enxerga a próxima janela de transferências?

Paulo Bracks assegurou que o Atlético fará movimentos na próxima janela de transferências, mas garantiu que serão “poucos ajustes” no elenco dirigido por Cuca. O executivo não expôs cifras, mas afirmou que não vai extrapolar o orçamento pré-determinado para 2025 no mercado.

O Galo se aproximou dos R$ 130 milhões em gastos na primeira janela deste ano. As contratações que exigiram maior investimento foram as dos atacantes Júnior Santos, Rony e Cuello, nesta ordem. O montante é visto como expressivo internamente e é uma das principais justificativas do clube para uma janela “mais contida” neste segundo semestre.

A diretoria de futebol do Atlético entende que, acima de novas contratações, precisa potencializar os nomes dos quais Cuca já dispõe na segunda metade do ano. Outra premissa importante está relacionada ao número: o Galo não quer diminuir nem aumentar a quantidade de atletas disponíveis e, por isso, deve negociar entradas na mesma quantidade de eventuais saídas.

Cuca, técnico do Atlético, na Cidade do Galo (2/7) - (foto: Pedro Souza/Atlético)
Cuca, técnico do Atlético, na Cidade do Galo (2/7)(foto: Pedro Souza/Atlético)

Em relação a prazos, o cenário tende a exigir paciência dos torcedores. Com pendências com os atletas e com outros clubes, o Atlético quer “arrumar a casa” antes de partir para novos investimentos no mercado.

Bracks também ressaltou aos jornalistas a duração da janela, que vai até 2 de setembro. O CSO alvinegro reconheceu que o ideal seria que o elenco estivesse fechado já em 10 de julho, antes da retomada dos jogos, mas deixou claro que a probabilidade de que isso ocorra é baixa.

Em relação às possibilidades financeiras, o dirigente não abriu números, mas afirmou que o Atlético tem capacidade de fazer pequenos investimentos. Não é necessário, por exemplo, que haja procura somente por atletas em fim de contrato ou por empréstimo.

O intuito principal é não reduzir o nível esportivo do grupo. A palavra-chave, internamente nos corredores da Arena MRV, é “responsabilidade” em relação a possíveis novos reforços.

Próximo jogo do Atlético

O Atlético voltará a campo no dia 12 de julho (um sábado), a partir das 21h, para enfrentar o Bahia. As equipes medirão forças pela 13ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro, na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, em Salvador.

Compartilhe