Revelado pelo Atlético, o ex-zagueiro Leandro Castán contou detalhes do tratamento de um tumor no cérebro em 2014, durante sua passagem pela Roma. Em entrevista ao jornal Corriere della Sera, Castán revelou que achou que ia morrer quando sentiu os primeiros sintomas da doença durante um jogo do Campeonato Italiano.
“Naqueles 15 minutos, minha carreira terminou. Uma parte de mim morreu. Comecei a me sentir muito mal. No dia seguinte, minha cabeça girava. Achei que ia morrer”, disse.
Castán afirmou que perdeu muito peso e que soube do diagnóstico pelas redes sociais. “Vomitei muito, perdi 20 quilos. Não conseguia ficar de pé”, contou. “A Roma preferiu esconder tudo no início. Li no Twitter: ‘Leandro Castán tem um tumor, pode morrer’. Ninguém tinha me contado nada”.
Inicialmente, o ex-jogador hesitou em fazer a cirurgia. Depois, mudou de ideia. “Os médicos disseram ‘ou paramos, ou você faz uma cirurgia muito perigosa. Abrir a cabeça’. Eu não queria”, relatou. “Quando acordei da operação, chorei com minha mulher. Eu estava vivo”, acrescentou.
Após a cirurgia, Castán não recuperou seu melhor futebol. “Não conseguia mexer os pés. No primeiro treino, tentei parar a bola e ela passou entre minhas pernas. O pé não respondeu. Eu chorava. A frustração era gigante”.
Ele agradeceu o apoio na Itália: “A Itália e a Roma me salvaram. Me acolheram, renovaram meu contrato mesmo sem jogar. Se eu estivesse no Brasil, talvez não estivesse aqui hoje”.
Castán: do Atlético ao auge no Corinthians
Castán foi revelado pelo Atlético em 2005. Pelo Galo, conquistou a Série B em 2006 e o Campeonato Mineiro em 2007. Disputou 44 jogos pelo clube e marcou dois gols.
O auge do zagueiro foi no Corinthians. Em 2011, venceu o Campeonato Brasileiro e foi eleito um dos melhores defensores da competição. No ano seguinte, integrou o elenco campeão da Copa Libertadores.
Ele também defendeu Helsingborgs, Grêmio Barueri, Roma, Sampdoria, Torino, Cagliari, Vasco da Gama e Guarani.
