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Comentarista cita Lyanco e Scarpa em análise da crise do Atlético: ‘Grupo parece rachado’

Em crise financeira, Atlético teve terça-feira conturbada com ação judicial e notificações de jogadores por salários atrasados

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A jornalista Alicia Klein apontou que a crise financeira do Atlético evidenciou um ‘racha’ no elenco. A comentarista do Uol Esporte citou o pedido de rescisão de Rony na Justiça e postagens de Lyanco e Gustavo Scarpa nas redes sociais como sinais de que o técnico Cuca não consegue mais contornar a falta de sintonia entre os jogadores.

“O que fica claro na crise do Galo é que tem um problema de elenco. Claramente, o Cuca não está conseguindo segurar para além da motivação. O Lyanco postou provocação, e o Scarpa postou provocação de volta”, iniciou Alícia, nessa terça-feira (22/7), no programa Fim de Papo.

“Essa história do Rony, que queria rescisão e depois não quis mais, tem uma questão salarial que não é um atraso absurdo para os padrões do futebol. Tem um problema de elenco. Parece que o elenco não está fechado nem entre si nem com o Cuca”, avaliou.

“Com o mínimo de atraso, o jogador está no direito de cobrar o clube. Mas o fato de ver um movimento grande de jogadores no mesmo dia e provocações dentro do que deveria ser a família, mostra que o grupo parece rachado”, ressaltou.

Terça-feira turbulenta no Atlético

Devido a salários atrasados, o atacante Rony chegou a solicitar na Justiça a rescisão indireta do contrato, mas mudou de ideia após conversa com dirigentes do clube e o técnico Cuca.

O lateral-esquerdo Guilherme Arana e os meias Gustavo Scarpa e Igor Gomes enviaram notificações extrajudiciais a fim de cobrar os valores devidos.

Houve jogadores que não aderiram ao movimento de cobrança. Publicamente, o zagueiro Lyanco e o meia Bernard negaram ter notificado o clube.

Na segunda-feira (21/7), o elenco foi recebido sob protestos da Galoucura após a derrota por 3 a 2 para o Palmeiras, em São Paulo, pelo Brasileirão.

Na terça à noite, torcedores voltaram a fazer cobranças públicas em faixas penduradas nas sedes do clube e do banco de Rubens Menin, principal investidor da SAF alvinegra.

Em meio à crise, Rubens Menin se pronunciou nas redes sociais. “A confiança se constrói na transparência e no diálogo. A torcida do Galo pode ter certeza de uma coisa: os desafios existem, e estamos enfrentando cada um deles com seriedade e diálogo”, iniciou.

“O dia trouxe informações desencontradas, reações acaloradas e muita especulação. Mas, como sempre, a verdade e o bom senso devem prevalecer. O Atlético tem responsabilidades, e as honra. Tem compromissos, e os cumpre. E tem um projeto de longo prazo sendo construído com trabalho duro, transparência e espírito coletivo”, acrescentou Menin.

Dívida do Atlético

O Atlético admite publicamente que vive um momento financeiro conturbado. Em dezembro de 2024, o endividamento do clube superou R$ 1,4 bilhão.

Neste ano, houve atraso de pagamento de salários aos jogadores do elenco masculino profissional em ao menos quatro meses.

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