O Atlético adiou, nesta quinta-feira (31/7), a reunião que discutirá a redistribuição das porcentagens da SAF. O clube ainda não definiu nova data. Anteriormente, a votação estava marcada para 4 de agosto (segunda-feira), às 18h, na sede de Lourdes, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
A reunião foi reagendada para que uma nova pauta fosse incluída. A participação do Atlético como associado fundador do “Museu do Galo” também será discutida.
A votação terá como objetivo alterar a cláusula anti-diluição da SAF. Caso consiga a aprovação dos conselheiros – o que é uma tendência -, a gestão da sociedade anônima terá mais liberdade para receber novos investimentos e modificar os percentuais sem depender de um novo aval da associação.
Atualmente, o Galo está dividido da seguinte forma:
- Rubens e Rafael Menin: 41,8%
- Associação: 25%
- Galo Forte FIP: 20,2%
- Ricardo Guimarães: 6,3%
- FIGA (ainda a pagar): 6,7%
A nova data da reunião será divulgada nesta sexta-feira (1/8), nos termos do Estatuto Social do Clube.
O que é a ‘cláusula anti-diluição’?
Há no Acordo de Acionistas a seguinte ‘cláusula anti-diluição’, a ser discutida na reunião do Conselho:
“Matérias de Voto Afirmativo do CAM enquanto possuir, pelo menos, 10% do capital votante ou do capital social da SAF:
- Alienação, oneração, cessão, conferência, doação ou disposição de qualquer bem imobiliário ou de direito de propriedade intelectual conferido pelo CAM ou pessoa jurídica original para formação do capital social da SAF, incluindo a Arena MRV e o Centro de Treinamento;
- Qualquer ato de reorganização societária ou empresarial, como fusão, cisão, incorporação de ações, incorporação de sociedade ou trespasse;
- Dissolução, liquidação ou extinção da SAF; e
- Participação em competição esportiva nos termos do artigo 20 da Lei nº 9.615/1998 ou em qualquer outro campeonato.”
Possível aporte no Atlético
Com altos juros devido à dívida de R$ 1,4 bilhão, o Atlético busca novos investidores para a SAF. O No Ataque soube que o Galo avalia que um aporte da ordem de R$ 600 milhões a R$ 700 milhões seria o necessário para transformar significativamente a vida financeira da instituição.
Caso não encontre um novo parceiro, os atuais gestores podem fazer novos aportes. Se isso não ocorrer, o clube já admite nos bastidores que será necessário baixar a folha salarial do elenco e os custos com o futebol nos próximos anos.
De toda forma, a tendência neste momento é que a associação, que tem 25% da SAF alvinegra, seja diluída em caso de novo aporte.