O jornalista Mauro Cezar Pereira criticou o desempenho do Atlético na vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo, nessa quinta-feira (31/7), no Maracanã, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. O único gol do jogo foi marcado pelo atacante Tomás Cuello, aos 21 minutos do segundo tempo.
Com o resultado, o Galo pode até empatar o jogo da volta, na próxima quarta-feira (6/8), às 19h, na Arena MRV, para garantir a vaga na próxima fase da competição mata-mata.
“O Cuca virou um técnico de repertório muito pobre, fez um gol, mérito do Atlético, e colocou todo mundo lá atrás. Faltou só o presidente do clube entrar de zagueiro, aquele que já está reclamando da arbitragem até quando vence, que coisa impressionante. É o chororô uai, chororô modo uai”, disparou o jornalista durante o programa Posse de Bola, do Canal UOL.
O presidente do Atlético, Sérgio Coelho, reclamou de um possível pênalti não marcado para o Atlético.
“Hoje, um pênalti claríssimo. E eu, para falar de um lance como esse, consulto dois ex-árbitros Fifa, um é consultor do Galo. E os dois foram unânimes: foi pênalti claro. Apesar de ser um grande juiz (Raphael Claus), uma pessoa correta, erra sempre contra o Galo. E eu não vou ficar calado. Todas as vezes que for escalado vou reclamar por essa razão”, disse Coelho, sobre o árbitro Raphael Claus.
Flamengo “Frankenstein”
Mauro Cezar também teceu críticas à forma como o Flamengo encarou a partida. “Passou do ponto. Uma coisa é você poupar alguns jogadores, até as experiências, legal ver os estreantes, mas três jogadores que mal treinaram. O Emerson não jogava desde janeiro, Saúl desde maio e o Lino acabou de chegar. O time é um Frankenstein, porque os caras não se conhecem, e ficou um jogo aleatório, bem diferente do que ele (Filipe Luís) prega”, disse.
O jornalista ainda usou a escolha da camisa do Flamengo como um sinal de como o time entrou no jogo.
“Acho que a terceira camisa é sinal de que você está desmobilizando. Uma coisa é você não priorizar, outra é você ser soberbo na saída de bola e perder o jogo assim, não jogar tão bem, e ao mesmo tempo ir sem identificação. Quem vê esse jogo daqui a algum tempo e vê esse gol do Cuello vai pensar: ‘Ah, será que esse aqui é o Flamengo?’. O cara vai até esquecer porque essa camisa vai sair de linha, vai entrar uma outra, tem até um simbolismo aí. Claro que não foi por isso que perdeu, só colocando mais um elemento que mostra que passou do ponto”, acrescentou.
O jornalista também detonou o erro do zagueiro Léo Pereira na saída de bola que resultou no gol do Galo. “Foi soberba, displicência, falta de atenção, isso não se tolera. Internamente, pode ser que o Filipe Luís chame a atenção. Na coletiva, ele quis preservar os caras, mas foi um erro grave e imperdoável. O discurso é muito radical: ‘Ah, então só é pra sair com chutão’. Não, é para sair jogando com responsabilidade.”