A sequência pesada de jogos do Atlético faz o técnico Cuca refletir dia após dia sobre a condição física dos jogadores e as eventuais escalações. Em entrevista coletiva nessa quinta-feira (21/8), o comandante alvinegro abordou o tema e como isso está ligado diretamente ao “maior medo” que tem no clube.
As falas do treinador foram concedidas após a vitória do Galo por 1 a 0 sobre o Godoy Cruz, no Estádio Feliciano Gambarte, em Mendoza-ARG, que garantiu o time nas quartas de final da Copa Sul-Americana. O resultado deu tranquilidade depois da derrota por 3 a 1 para o Grêmio na Arena MRV, no domingo (17/8), pelo Campeonato Brasileiro.
“É difícil entender, mas não é difícil explicar. Nós tivemos, depois da parada, seis partidas, com quatro jogos fora de casa. E jogos duríssimos, Bahia, Flamengo, Vasco e Palmeiras. Nós vencemos o Bragantino em casa. O erro maior foi ter perdido o jogo para o Grêmio. Esse sim foi uma derrapada feia que nós demos”, avaliou Cuca.
“Se você ganha o jogo do Grêmio, vai fazer uma classificação do percentual de pontos ganhos estaríamos em sexto lugar com os dois jogos que faltam. Essa derrapada custou caro porque mexe no emocional, a cobrança vem forte da arquibancada”, completou.
Atlético evitou crise, diz Cuca
Para Cuca, a classificação na Sul-Americana evitou que o Atlético entrasse em crise nas “vésperas” do clássico contra o Cruzeiro. Os rivais medem forças na próxima quarta-feira (27/8), às 19h30, na Arena MRV, pela ida das quartas de final da Copa do Brasil.
“E hoje era um jogo que definia muita coisa, não só a classificação. Você entra em crise se não se classifica, incrível como é o futebol. E agora nós temos ainda no Brasileiro dois jogos duríssimos, contra São Paulo e Vitória, os dois fora. De oito jogos, vamos ter jogado seis fora”, pontuou.
O maior medo de Cuca no Atlético
Neste cenário, Cuca disse que o maior medo no Atlético é perder jogadores por lesão. Estão no departamento médico do Galo o zagueiro Lyanco (coxa esquerda), o lateral Saravia (perna direita), o meio-campista Patrick (coluna), e os atacantes Cadu (joelho direito) e Caio Maia (joelho direito)
“Temos que ter equilíbrio, calma, pensar bem no que fazer para domingo. Temos uma decisão na quarta-feira, contra o Cruzeiro, então temos que fazer tudo pensado, avaliado, junto à preparação física, fisiologia, para não correr risco de perder jogador lesionado. Esse é o maior medo que a gente tem” , pontuou.
Por fim, Cuca citou as diferenças em termos de descanso para o tricolor paulista. As equipes se enfrentarão no domingo (24/8), às 20h30, no Morumbis, em São Paulo, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.
“Temos três competições, tem que ter o elenco muito grande para três competições. Você não vai conseguir jogar no mesmo nível domingo e quarta. O São Paulo vai jogar com a gente domingo, em casa, e jogou na terça-feira, sem viagem”, comparou.
“Nós temos que fazer mais cinco, seis horas de viagem para jogar domingo. Então tem uma diferença. Precisamos ser inteligentes e tentar equilibrar essa diferença para fazer um bom jogo domingo”, finalizou Cuca.
