Ainda em grave situação financeira, o Atlético segue no mercado na tentativa de captar novos recursos para solucionar o endividamento bilionário com o qual convive já há alguns anos. Na noite desta terça-feira (16/9), o empresário Rubens Menin, principal investidor da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) alvinegra abriu o jogo sobre a busca do Galo por um novo parceiro e, consequentemente, por um novo aporte.
Nesta terça-feira, o Conselho Deliberativo do Atlético aprovou a queda da cláusula anti-diluição da SAF. Agora, a associação pode ter percentual das ações do clube-empresa diminuído a até 10% caso haja entrada de um aporte de, no mínimo, R$ 200 milhões.
Ao comentar o momento do Galo, Rubens Menin assegurou que ainda não há nada definido no sentido de um novo aporte. De toda forma, o bilionário garantiu que há empresários interessados no projeto e que os atuais mandatários da SAF têm preferência por um investidor estrangeito.
“Pode ter e pode não ter (aporte até o fim do ano). Não tem nada definido. Então, não vou ser leviano de falar uma informação que não seria verdadeira. Não tem prazo. Só tem uma pessoa que sabe (sobre conversas com investidores). Está lá em cima, e ela não conta para a gente. Então nós não vamos saber”, iniciou.
“É o que a gente quer (investidor estrangeiro). Lógico que tem (investidor interessado). O investimento é primário. O que é um investimento primário? Nós não estamos vendendo a sociedade. É para aumentar o Atlético. Se eu vender minha parte, eu não estou aumentando o Atlético. O dinheiro tem que ser primário, que é o termo correto, para poder aumentar o Atlético”, acrescentou.
“O barco não vai afundar”, garante Menin
Diante do cenário econômico do Brasil, o Atlético “sangra” com o pagamento de juros expressivos todos os meses a instituições bancárias em virtude do perfil da dívida que ampliou nos últimos anos. Durante esta temporada, o Galo chegou a conviver com atrasos salariais a atletas e também em pagamentos a outros clubes por negociações.
Mesmo de frente às adversidades, Menin também garantiu que os atuais gestores da SAF não deixarão “o barco afundar”. O empresário ressaltou a busca por um “parceiro graúdo”, que coloque quantidade significativa de dinheiro nos cofres do clube.
“O Atlético é uma empresa que tem CPF. Alguma coisa tem que acontecer. A gente não sabe quando e como, mas ela vai acontecer. O barco não vai afundar. Essa é a responsabilidade que a gente assumiu. Assumimos aqui hoje de novo, durante o Conselho, e vai acontecer”, prometeu.
“A gente espera que, o mais rápido possível, a gente tenha uma solução definitiva, que seria o novo parceiro graúdo, que coloca um montante significativo para a gente mudar o jogo. Vamos ver quando vai acontecer. Espero que o mais rápido possível. Não tem nada que eu possa prometer para vocês hoje”, encerrou.
Rubens Menin no Atlético
Ligado ao Atlético há décadas, Rubens Menin passou de patrocinador a mecenas e, posteriormente, a um dos donos do clube. O cenário se deu em meio à transformação do Galo em SAF, concretizada em novembro de 2023.
Junto ao filho Rafael, o empresário detém o maior percentual da Galo Holding – que, por sua vez, tem 75% das ações da SAF. A 2R Holding tem 55,7% do grupo e é responsável pelas principais decisões que ditam os rumos do futebol alvinegro.