Principal acionista da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Atlético, o empresário Rubens Menin fez uma postagem nas redes sociais celebrando a alteração da cláusula antidiluição da SAF.
Com a aprovação, a gestão terá mais liberdade para receber novos investimentos e modificar os percentuais sem depender de um novo aval da associação. Agora, a associação pode ter percentual das ações do clube-empresa diminuído a até 10% caso haja entrada de um aporte de, no mínimo, R$ 200 milhões.
Menin defendeu a mudança e mostrou otimismo. “O Atlético deu um passo importante para o seu futuro. Ontem, o Conselho Deliberativo aprovou por ampla maioria a alteração da cláusula antidiluição da SAF. Na prática, essa decisão abre espaço para novos investidores, fortalece a governança e mantém garantias relevantes para a Associação. O resultado da votação demonstra a confiança dos conselheiros de que o Galo segue no caminho certo”, disse.
“É uma medida voltada para o futuro, que abre portas para novos aportes e reforça a visão de longo prazo do nosso clube. A Associação segue representada no Conselho de Administração, a SAF segue fortalecida, e todos estamos juntos em prol de um só Atlético. União é a palavra-chave. Diretoria, conselheiros e torcida, todos olhando na mesma direção”, acrescentou.
A associação, de toda forma, permanece com alguns direitos. O clube segue com poder de veto à mudança de nome, hino, sede ou cores da SAF, entre outros temas.
Além disso, a associação mantém o direito de indicar dois dos sete a nove membros do Conselho de Administração – geralmente o presidente e o vice.
O Atlético deu um passo importante para o seu futuro. Ontem, o Conselho Deliberativo aprovou por ampla maioria a alteração da cláusula antidiluição da SAF.
— Rubens Menin (@rubensmenin) September 17, 2025
Na prática, essa decisão abre espaço para novos investidores, fortalece a governança e mantém garantias relevantes para a… pic.twitter.com/DTT9LQ9Gib
Possível aporte no Atlético
Com altos juros devido à dívida de R$ 1,4 bilhão, o Atlético busca novos investidores para a SAF. O No Ataque soube que o Galo avalia que um aporte da ordem de R$ 600 milhões a R$ 700 milhões seria o necessário para transformar significativamente a vida financeira da instituição.
Caso não encontre um novo parceiro, os atuais gestores podem fazer novos aportes. Se isso não ocorrer, o clube já admite nos bastidores que será necessário baixar a folha salarial do elenco e os custos com o futebol nos próximos anos.
De toda forma, a tendência neste momento é que a associação, que tem 25% da SAF alvinegra, seja diluída em caso de novo aporte. Conforme o Acordo de Acionistas, isso só pode ocorrer a partir de 1º de novembro deste ano.
“Até o 2º aniversário da data de assinatura do Acordo, a Galo Holding e os Acionistas Indiretos não poderão realizar, direta ou indiretamente, qualquer transferência de ações de emissão da SAF”, diz trecho do documento.
Atua distribuição das ações na SAF do Atlético
- Rubens e Rafael Menin: 41,8%
- Associação: 25%
- Galo Forte FIP: 20,2%
- Ricardo Guimarães: 6,3%
- FIGA (ainda a pagar): 6,7%