ATLÉTICO

Presidente do Museu do Galo revela detalhes de projeto na Arena MRV

Atlético terá museu tecnológico na Arena MRV; funcionário do clube há 26 anos, Emmerson Maurilio será o presidente do espaço

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Jornalista e funcionário do Atlético há 26 anos, Emmerson Maurilio foi empossado, na noite desta segunda-feira (13/10), como presidente do Museu do Galo – espaço destinado à preservação da memória alvinegra que será construído na Arena MRV, estádio do clube em Belo Horizonte. Depois de cerimônia na Sede de Lourdes, na capital mineira, o pesquisador revelou detalhes do projeto museológico.

A princípio, Emmerson Maurilio comemorou a aprovação da constituição do Museu do Galo por parte de assembleia realizada nesta segunda-feira, em Belo Horizonte. O profissional já preside o Centro Atleticano de Memória e, agora, também estará à frente do maior desafio da carreira.

“São 28 anos de um trabalho de pesquisa. Começou com um trabalho simples de pesquisa e evoluiu para chegar ao dia de hoje. Mais uma etapa vencida. São várias etapas, a gente está sempre completando. E agora vamos realmente começar em breve as obras do museu. Hoje foi a instituição jurídica dele, agora nós vamos finalizar os projetos executivos para no início do ano, meados de março e abril a gente iniciar a obra na Arena MRV. Agora, partimos para a fase final de captação para que a gente possa entregar esse sonho da torcida do Atlético”, iniciou.

Detalhes do Museu do Galo

Na concepção de Emmerson Maurilio, o principal objetivo do Museu do Galo será transmitir a sensação de “pertencimento” ao torcedor do Atlético. Para tanto, o clube contará com a experiência da Mude S.A., que participou dos processos de construções de museus de gigantes como Flamengo, Botafogo, River Plate-ARG e Boca Juniors.

“Acho que a palavra principal é pertencimento. O torcedor tem que se sentir pertencente. É a história do DNA atleticano. A gente tem que entender, dissecar esse genoma, e apresentar isso para o torcedor para ele sentir como foi construído. Com isso, tocar, trazer emoção à tona nessas visitas. Depois, a gente condensa isso tudo, transformando a massa atleticana – que aí vai entrar para o gramado -, num sentido até invertido, com a torcida ao centro, como principal artista do espetáculo. Jogadores ao redor”, iniciou.

Haverá ainda uma sala interativa no passeio, tida por Emmerson como o ápice da experiência. O espaço terá acesso direto a setores das arquibancadas da Arena MRV.

“Aí a gente entra para as conquistas, para as taças. Finaliza com uma sala interativa do museu, que realmente essa aí vai ser para finalizar com muita emoção e o torcedor não esquecer nunca. Vai ser um museu dinâmico, sempre alterando, trocando, para que o torcedor possa visitar toda semana e ter alguma coisa diferente. A sala interativa ainda está em desenvolvimento. Já fechamos o formato e tudo”, revelou.

“Mas uma coisa interessante: o museu geralmente fica fechado em dia de jogo por conta do trânsito, por causa de ingresso, essas coisas, mas essa sala interativa vai ter acesso aos dois setores: Brahma Norte e Brahma Leste. Então, ali o pessoal vai poder entrar. Em dia de jogo, a gente vai abrir só a sala interativa para as pessoas poderem visitar no pré-jogo. Essa é uma coisa interessante, mais um tipo de público que vamos poder atingir”, encerrou.

Museu do Galo

A iniciativa está sendo conduzida pelo Centro Atleticano de Memória, liderado por Emmerson Maurílio. A instituição sem fins lucrativos trabalha para preservar e promover o conhecimento sobre a história do Atlético desde 2006.

valor captado foi superior a R$ 3 milhões por meio da Lei Rouanet, que institui o Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) e estabelece mecanismos de incentivo à produção, preservação e difusão cultural no Brasil. O prazo de captação vai até 31 de dezembro. Há uma doação de R$ 9 milhões também “engatilhada”, e a expectativa é de que o projeto custe em torno de R$ 15 milhões.

No Ataque apurou, em julho, que o clube já dispunha de todos os recursos necessários para a execução da primeira fase do projeto. Esta etapa compreende o planejamento executivo do Museu do Galo nos aspectos de engenharia, museológicos e geográficos.

A expectativa interna no clube é de que tudo esteja pronto até dezembro. Na época, deve haver nova autorização de captação de recursos por meio da Lei Rouanet – neste momento, para a execução das obras em si.

O Museu do Galo já estava previsto no projeto de construção da Arena MRV, que reservou área total de 2.740 metros quadrados para a obra – desses, 1.600 será de área expositiva, 610 englobarão o núcleo museológico e resera técnica e 530 serão destinados para a calçada da fama, que ficará localizada aberta 24h por dia e terá estátuas de diversos personagens marcantes na história do Atlético.

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