O zagueiro Vitor Hugo foi contratado pelo Atlético em março deste ano, com participação decisiva de um velho conhecido do jogador: o técnico Cuca. Nessa segunda-feira (13/10), o defensor revelou bastidores da conversa que teve com o treinador paranaense antes do acerto com o Galo.
Vitor Hugo estava sem espaço no Bahia antes de fechar com o Atlético. O zagueiro esteve emprestado ao Panathinaikos, da Grécia, no primeiro semestre de 2024, e fez apenas 12 partidas entre o início do ano passado e o início do atual.
Até que o telefone tocou em meados de fevereiro: era Cuca, técnico com quem o atleta sagrou-se campeão brasileiro no Palmeiras, em 2016. O contato foi visto com bons olhos por Vitor Hugo, que prontamente topou a transferência ao Atlético.
“Antes de falar do professor Sampaoli, eu gostaria de mencionar o professor Cuca, que foi quem me trouxe. Ele conversou comigo, ele me chamou. Trabalhei com ele no Palmeiras. Ele viu minha situação lá no antigo clube e me ligou: Falou: ‘O que está acontecendo? Como você está? Está bem? Não te vejo jogando. Você está machucado? O que está sentindo?’. Falei: ‘Não, professor! Estou bem, estou bem. Só que estou sem espaço aqui. Não estou conseguindo jogar, não estou conseguindo ter uma sequência. Mas eu estou bem. Fisicamente, estou me esforçando, estou me cuidando'”, iniciou Vitor Hugo à GaloTV.
“Ele disse: ‘Estou querendo te trazer para cá. Vamos trabalhar de novo juntos. Vou resgatar o Vitor Hugo que você era lá do Palmeiras, de 2016, que a gente foi campeão juntos e tal’. Gostei para caramba da conversa com ele. Depois, o clube entrou em contato e a gente acabou acertando de vir, por empréstimo até o final do ano”, acrescentou.
Apesar disso, Vitor Hugo recebeu poucas oportunidades enquanto Cuca esteve no Atlético – foram apenas 12 jogos sob o comando do treinador paranaense. O zagueiro, de toda forma, procurou não diminuir o nível de motivação no dia a dia.
“Mas infelizmente, enquanto ele estava aqui, não deu para eu jogar muito. Infelizmente e felizmente, porque o Lyanco e o Junior (Alonso) vinham em uma sequência muito boa juntos. E eu respeitando o momento deles e trabalhando. Com resiliência, porque se eu deixasse cair… Se eu falasse: ‘Não deu certo lá onde eu estava e agora cheguei aqui também e não estou jogando’. Eu ia desmotivar, ia ficar ruim. Mas eu mantive a cabeça boa, junto com a ajuda dos meninos também que treinam e acaba que vai motivando a gente”, ressaltou.
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Vitor Hugo revela bastidores de dia a dia com Sampaoli
Tudo mudou para Vitor Hugo no Atlético com a chegada de Sampaoli. Antes escalado pelo argentino para suprir desfalques, o zagueiro ganhou a confiança do treinador e assumiu titularidade na equipe alvinegra, com atuações seguras e gols importantes.
“Aí veio o professor Sampaoli, com outra filosofia de trabalho, outro jeito de armar o time. Até outro sistema de jogo. Me favoreceu para caramba, favoreceu muito. Ele começou a dar confiança e tal. Me chamou, conversou comigo. Mostrou os pontos fortes que ele quer ver mais. Falou: ‘Quero ver mais desse Vitor Hugo aqui’. Puxou vídeos até de outros clubes para me mostrar. Aí foi dando confiança, junto com o treino de cada dia”, revelou.
“O sistema que ele usa, principalmente da parte defensiva, lembra muito as coisas que a gente fazia lá na Itália (Fiorentina). Aprendi muito na Itália dos dois anos que estive lá, na parte tática. E ele pede muito daquilo de subir o time, subir a linha, ficar pronto para escapar se o cara estiver com a bola livre podendo lançar. É muito interessante isso. Me ajudou muito ter aprendido isso antes para pôr em prática agora. Eu estou gostando do trabalho dele, ele está gostando do meu. Espero que essa parceria continue”, encerrou.
Vitor Hugo no Atlético
Até então, Vitor Hugo soma três gols em 21 partidas representando o Atlético. O contrato com o clube mineiro vai até o fim de dezembro de 2025.
