Ao longo dos últimos meses, a gestão de Luiz Carlos de Azevedo na base do Atlético teve o sub-20 como um dos maiores focos. Com intensa atuação no mercado, o clube promoveu verdadeira reformulação da categoria, com 22 saídas e 15 chegadas. Mas quais foram os motivos que embasaram tantas mudanças? As respostas foram dadas pelo próprio Luiz Carlos nesta segunda-feira (17/11), durante mais uma edição do “Por Dentro do Galo” na Arena MRV, em Belo Horizonte.
O Atlético anunciou a contratação de Luiz Carlos de Azevedo em 2 de março. O clube investiu para tirar o profissional do Flamengo, onde construiu reputação pelo trabalho de projeção que realizou com diversos jovens.
Ao longo das semanas, diante dos resultados abaixo das expectativas especialmente no Campeonato Brasileiro Sub-20, a gestão do carioca identificou a necessidade de reformulação. O entendimento interno em meio aos processos de análise foi de que muitos dos atletas da categoria estavam abaixo do esperado pelo Galo no aspecto técnico.
Além disso, em muitos dos casos, o Atlético não enxergava possibilidade de projeção no profissional. Diante do exposto, o clube acertou 15 saídas ao longo dos últimos meses – conservando percentuais de direitos econômicos da maior parte dos atletas que deixaram a instituição.
Mudança no perfil do sub-20 do Atlético
A mudança de perfil do time sub-20 do Atlético teve alguns objetivos. O primeiro deles foi gerar economia mensal na folha salarial – agora, de acordo com dados internos, o clube gasta R$ 52,7 mil mensais a menos do que antes da reformulação na categorias. O impacto financeiro, portanto, ultrapassa a marca dos R$ 600 mil anuais.
Outra diretriz importante deste trabalho foi o rejuvenescimento do elenco comandado por Leandro Zago. A categoria contava com 13 jogadores em idade-limite – dos quais apenas dois foram mantidos no grupo.
Por fim, o Galo optou por mudar o perfil de contratações. A prioridade passou a ser por atletas potentes, físicos, inteligentes e “muito técnicos”, segundo Luiz Carlos. “É o que o mercado europeu pede”, destacou o dirigente nesta segunda-feira.
De toda forma, o gerente-geral das categorias de base do Atlético frisou que o clube não quer repetir este processo nos próximos anos. A ideia é ter atletas prontos e desenvolvidos pela própria base ao longo do tempo para compor o sub-20, com a contratação de novas peças somente para ajustes pontuais.
As contratações do sub-20 do Atlético
- Luis Gustavo (lateral-direito)
- Lucas Santana (zagueiro)
- Cristian (zagueiro)
- Pedro Lemos (zagueiro)
- Samuel Barros (zagueiro)
- Alexis Vargas (lateral-esquerdo)
- Igor Toledo (volante)
- Tauan (volante)
- Natã (meia-atacante)
- Cissé (meia-atacante)
- Murillo (extremo)
- Ryan (extremo)
- Andrey (atacante)
- João Vitor (atacante)
- Fabrício (atacante)
O ano do sub-20 do Atlético
O Atlético vive temporada frustrante no sub-20. O clube amargou a vice-lanterna e o rebaixamento no Campeonato Brasileiro da categoria, por meio de campanha que teve nove derrotas, oito empates e apenas duas vitórias.
No Campeonato Mineiro, os números foram significativamente melhores, mas o Galinho foi vice-campeão. No octogonal final, o time comandado por Leandro Zago somou 11 pontos, enquanto o campeão Cruzeiro fez 16.
Agora, o Atlético tenta dar resposta positiva na Copa do Brasil Sub-20. Depois de eliminar Real Brasília (primeira fase) e Flamengo (oitavas de final), o time alvinegro tenta passar pelo Sport nas quartas.
O primeiro jogo entre as equipes terminou empatado na última quarta-feira (12/11), por 1 a 1, no SESC Venda Nova, em Belo Horizonte. Galo e Leão medirão forças pela vaga nas semifinais na Ilha do Retiro, no Recife, a partir das 20h30 desta terça-feira (18/11).