O mercado do Atlético em 2025 não se mostrou muito eficiente. Em meio à reformulação do elenco, apenas quatro dos 17 jogadores contratados se consolidaram como titulares ao longo do ano.
Na zaga, o alvinegro fez uma aposta no jovem Ivan Román, de 19 anos. O lateral-direito Natanael até chegou a frequentar os 11 iniciais com o técnico Cuca, mas perdeu espaço desde a chegada de Jorge Sampaoli. Na outra ala, Caio já chegou por empréstimo como opção para Guilherme Arana.
Os volantes contratados pelo Atlético também amargaram a reserva durante boa parte do ano. Patrick e Gabriel Menino tiveram poucos minutos, enquanto Alexsander até goza de prestígio com o treinador, mas foi preterido por Alan Franco e Igor Gomes nos principais jogos da temporada.
A diretoria também viu alguns atacantes não renderem com a camisa preta e branca. Biel decepcionou na final da Copa Sul-Americana, Reinier quase não entra, João Marcelo tem minutos apenas no sub-20 e Júnior Santos passou boa parte do ano no departamento médico.
O Jacaré, inclusive, foi a maior contratação na história do Atlético, que pagou R$ 43,2 milhões para contar com o jogador junto ao Botafogo.
Comprados, mas emprestados
O Atlético também investiu na contratação de dois atletas que foram emprestados: o zagueiro Bruno Fuchs e o meia Robert. O primeiro defendeu o Palmeiras, enquanto o segundo atuou pelo Atlético-GO.
Reforços que viraram titulares
Por outro lado, ao menos quatro reforços frequentaram o time titular durante a maior parte do ano. Os casos mais claros são os dos atacantes Dudu e Rony – esse vice-artilheiro do Atlético, com 13 gols em 60 jogos.
Ainda na parte ofensiva, Cuello também rendeu muito enquanto esteve à disposição, sendo um dos principais jogadores da equipe. Antes de se lesionar, em setembro, contribuiu com seis gols e sete assistências em 40 partidas.
Ruan e Vitor Hugo são outros que têm sido titulares na zaga. No entanto, um deles perderia o status caso Lyanco não estivesse lesionado.
O mercado do Atlético em 2026
Agora, o Atlético tentará ser mais certeiro nas contratações. Para isso, a diretoria já se reúne com Sampaoli, que espera um time mais competitivo em 2026.
“Hoje não se pode fazer mágica no futebol (risos). Apresentamos um projeto à diretoria e seguramente vão avaliar e aprovar o que pensamos para 2026. A minha esperança é sempre chegar a um clube e que não esteja nessa situação, mas sim em cima na tabela – como estive no Santos, aqui em 2020. Sempre penso nisso”, refletiu.
“Basicamente, minha obrigação como profissional é diagnosticar e ter sempre jogadores que se identifiquem muito com a história do clube. Para mim, isso é muito importante. Muito importante. Para além do fato de que isso é futebol, onde os times têm altos e baixos, ter uma identidade que seja também a identidade do clube. Não me parece de outra forma”, afirmou.
