Meio-campista do Atlético, Gustavo Scarpa conquistou passo importante no processo que move contra a WLJC Gestão Financeira, empresa de Willian “Bigode”, do América. Nessa sexta-feira (5/12), foi proferida decisão que possibilita, enfim, a citação de réus na ação que corre na Justiça de São Paulo.
O No Ataque conversou com pessoas próximas a Scarpa, que disseram que “os réus fugiram de notificações e oficiais de Justiça durante três anos”. Com a nova decisão, no entanto, eles poderão ser citados por edital, e o processo pode caminhar no sentido de uma decisão judicial.
Neste sábado (6/12), o meia reagiu à novidade no Instagram. Com bom humor, Scarpa referência as palavras que ouviu do próprio Willian quando o golpe se consumou: “Agora é orar, Scarpinha”, disse o atacante à época.
“Três anos de processo e finalmente os réus serão citadosssssss. Muito feliz, na moral. Scarpinha segue orando.”
Gustavo Scarpa, meio-campista do Atlético
Gustavo Scarpa e Willian “Bigode”: relembre caso das criptomoedas que virou processo
A WLJC Gestão Financeira, empresa de Willian, é pivô do processo. Em novembro de 2022, Gustavo Scarpa e o lateral-direito Mayke registraram Boletim de Ocorrência que acusava a companhia de participação comercial em golpe financeiro praticado pela Xland Holding.
Scarpa alegou ter investido mais de R$ 6 milhoes na Xland por intermédio da empresa de Willian, com promessa de retornos entre 3,5% e 5% ao mês por meio do aporte em criptomoedas. Em outubro de 2022, o meio-campista chegou a tentar reaver o valor, mas não teve sucesso.
Foram diversos os contatos entre Scarpa, Willian e os sócios da Xland. Áudios vazados da época trouxeram à tona as tentativas do meia de recuperar o patrimônio.
A situação estremeceu a relação entre os atletas, ex-companheiros de clube. Em 2023, por meio de advogados, Scarpa afirmou que estava “muito decepcionado, inconformado e bem chateado” com Willian.
O processo segue na Justiça de São Paulo. Na somatória, Gustavo Scarpa e Mayke perderam mais de R$ 10 milhões em virtude do golpe.