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Rafael Menin e CEO do Atlético indicam novo aporte: ‘Estamos avançando’

Dirigentes do Galo sinalizaram que a SAF deve receber investimento nos próximos meses, o que deve equilibrar a operação do clube

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O Atlético deve receber um novo aporte na Sociedade Anônima do Futebol (SAF) nos próximos meses. Ao menos é o que indicaram Rafael Menin, investidor do clube, e Pedro Daniel, novo CEO.

Em evento nesta quarta-feira (10/12), os dirigentes falaram sobre essa possibilidade. Menin citou os investimentos recentes da família – ao lado do pai Rubens – e acredita em um “novo passo” no primeiro trimestre de 2026. Apesar disso, ele não estipulou um valor.

“A família, antes de ter SAF, colocou uma quantia relevante de dinheiro, sem correção alguma, sempre olhando com muito carinho para esse clube, querendo construir um legado. E aí vem a SAF, aumentamos esse aporte para acelerar um pouco alguns processos e continuamos avançando”, disse. 

“Nós esperamos, quem sabe no primeiro trimestre do ano que vem, talvez um pouco mais para frente, dar um novo passo para que o Atlético fique com o balanço um pouco mais limpo. Não significa que vamos resolver todos os problemas de uma vez, mas temos a expectativa de que em algum momento dos próximos meses a gente possa dar um novo passo e deixar nossa situação bem mais tranquila”, prosseguiu.

CEO responde sobre aporte

Pedro Daniel, por sua vez, citou os problemas gerados pela dívida de mais de R$ 1,3 bilhão. Assim como Rafael, ele não cravou que haverá um novo investimento, mas sinalizou um aporte ao complementar a fala do chefe, dizendo que o Atlético deve ajustar a operação nos próximos meses. 

“Em termos de estrutura de capital, quando você fala de aporte, essa é uma outra pauta, a gente está discutindo todas as alternativas possíveis sabendo que, moramos em um país em que a taxa de juros é de 15%, então a dívida pega muito forte quando pensamos em despesa financeira. E ela tira dinheiro do futebol, essa é a verdade. Pagamos juros e perdemos competitividade. Então como conseguimos trabalhar essa estrutura de capital?”, lamentou. 

“Estamos trabalhando muito forte para que nesse primeiro semestre a gente consiga ajustar pelo menos essa parte para que a operação, ou pelo menos o futebol, seja o menos afetado possível. Ainda mais que temos uma regulação vindo de fora, não é só a gestão do Galo, e que de fato as penalidades são bem sensíveis. Desde o dia um temos trabalhado muito como casar esse fluxo para evitar que nós não consigamos cumprir os requisitos mínimos”, afirmou.

O novo CEO sinalizou que o Atlético tem avançado nesse sentido, mas ainda existem burocracias. De toda forma, entende que o clube precisa fazer uma reestruturação, mesmo que interna. 

“Estrutura de capital estamos avançando em algumas alternativas e a operação demanda um pouco mais de tempo para equalizar porque temos contratos. É diferente de outros setores que você fala: ‘vou fazer uma reestruturação, eu mando embora, faço ajustes de custos de um dia para o outro’. Não, aqui em um clube de futebol temos que buscar mais eficiência, onde alocar os recursos”, disse.

A origem do possível aporte

Pedro Daniel, no entanto, evitou cravar qual a origem do eventual aporte. Apesar de Rafael Menin sinalizar que a situação está encaminhada, o CEO freou as expectativas e disse que isso ainda está sendo estudado.

“Estamos discutindo todas as alternativas. Isso foi discutido dentro do âmbito do Conselho, dos parceiros, em que temos assessores contratados para conversar com investidores. Estamos discutindo quais são as alternativas para identificarmos qual tem a melhor aderência com aquilo que queremos no Galo”, explicou.

A grande vantagem, por isso falo que essa SAF é diferente, é que quem toma as decisões são torcedores. Ainda não temos uma definição 100%, mas estamos discutindo todas as alternativas possíveis para liberar o fluxo no médio prazo para o futebol. Uma das alternativas é que venha dos próprios acionistas atuais”, completou.

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