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CEO do Atlético freia expectativa por grandes contratações: ‘Impossível’

Pedro Daniel comparou situação do Galo com outros gigantes do futebol brasileiro e projetou caminho no mercado da bola de 2026

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Novo CEO do Atlético, Pedro Daniel fez questão de frear as expectativas da torcida em relação a grandes investimentos em contratações na próxima temporada. Ao ser apresentado pelo clube, nessa quarta-feira (10/12), o executivo comparou o poder aquisitivo do Galo com Flamengo e Palmeiras e disse que é impossível fazer movimentos parecidos.

O alvinegro vive um momento financeiro delicado, com mais de R$ 1,3 bilhão em dívidas. Os juros impactam diretamente a capacidade financeira do clube, que não deve realizar investimentos expressivos

Em 2025, o Atlético gastou aproximadamente R$ 187 milhões em reforços e recebeu cerca de R$ 200 milhões na venda de jogadores – sem considerar luvas e gastos com renovações. 

Como será o mercado em 2026?

Pedro Daniel foi sincero com a torcida e explicou a situação do Atlético. Mesmo com orçamento reduzido, a ideia é competir acertando o máximo possível na formação do elenco. 

“O fato é o seguinte: não necessariamente o que investe mais investe melhor. Quando eu falo busca por eficiência é entender o cenário em que o clube está inserido para que o clube possa fazer as movimentações de acordo com a nossa realidade”, disse. 

“E sabemos que a nossa realidade não é que Flamengo e Palmeiras têm. Não adianta pensarmos que vai ter um nível de contratação do mesmo nível financeiro que Flamengo e Palmeiras. Não, nesse momento não. Isso é impossível”, prosseguiu.

Além disso, o CEO entende que um caminho para o clube é realizar melhor a integração da base com o profissional e alinhar as expectativas internamente e com a torcida. 

“Mas ao mesmo tempo queremos manter a competitividade. E aí é um desafio do Paulo (Bracks, CSO), do Luiz (Carlos Azevedo, coordenador da base), do Sampaoli, que todos tenham conhecimento da realidade do clube para que possamos ter um alinhamento de expectativas em todos os sentidos, torcida, interno, para que essa busca pela eficiência, que consigamos alocar esses recursos da melhor maneira possível. Para isso temos ferramentas, processos, mas não adianta criarmos uma expectativa de que vamos fazer contratações bilionárias. Isso é impossível”, enfatizou.

CEO evita falar em valores

Apesar disso, Pedro Daniel não detalhou qual o orçamento do Atlético para o próximo ano e se será maior ou menor do que em 2025. A diretoria ainda estuda o fluxo de caixa, mas pretende fazer a reformulação também com base no CIGA (Centro de Informações do Galo).  

“O grande mantra que temos aqui é eficiência. O investimento foi feito no último ano. Acho que agora temos uma visão mais de futuro, menos daquilo que foi feito ou deixamos de fazer. (…) Eu não vou falar números, porque realmente estamos debatendo, provavelmente até o final da semana que vem vamos ter uma visão mais clara, porque também estamos vendo o fluxo”, afirmou. 

“Não adianta falar que vamos ao mercado, contratar, se não tivermos esse fluxo bem definido. Por isso estamos fazendo toda essa reformulação, mas pautado muito com o CIGA, dados, integração no futebol, base e profissional”, prosseguiu.

Por fim, Pedro Daniel citou que o Atlético precisa acertar mais no mercado da bola. Nesse ano, por exemplo, o clube gastou quantias relevantes em jogadores que não renderam tanto, como o atacante Júnior Santos.

“Nós temos que ser mais certeiros, justamente porque não temos um faturamento de R$ 2, 3 bilhões, então nossa margem de erro é menor. Estamos em um trabalho bem forte para diminuir ao máximo o número de erros, que vão ocorrer, mas precisamos diminuir ao máximo para sermos competitivos”, finalizou.

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